Vendaval: CPFL poderá ser multada em R$ 100 mil/hora por atrasos em Marília

Compartilhe:




Após prejuízos milionários provocados pelo vendaval que atingiu a região na segunda-feira, tanto na cidade como na zona rural, a CPFL Paulista corre o risco de "sofrer no bolso" pela demora no restabelecimento do fornecimento de energia elétrica em Marília. É a Prefeitura obteve uma liminar na Justiça na qual dá prazo de oito horas para o restabelecimento integral dos serviços sob pena de multa de R$ 100 mil por hora. O prazo deve começar a contar a partir da intimação da empresa. 

A falta de energia também provocou o desabastecimento de água, ampliando os serviços essenciais afetados na cidade de Marília, gerando a suspensão de diversos serviços municipais, como aulas em algumas EMEIs e EMEFs, atendimento no Centro Dia do Idoso, em Unidades de Saúde, Cadastro Único, além de eventuais prejuízos ao comércio e às famílias.

A liminar foi obtida pela Procuradoria Geral do Município junto à Vara da Fazenda Pública numa Ação Civil Pública - Responsabilidade do Fornecedor. O juiz Walmir Idalencio dos Santos Cruz estabelece que a empresa deverá apresentar um plano operacional de restabelecimento, com medidas concretas e cronograma de ações. Ele enfatiza:

"O perigo de dano, por sua vez, decorre da vulnerabilidade da população do Município de Marília que enfrenta prejuízos milionários em razão da ausência da oferta de energia integral, o que vem impactando comércios e a própria prestação de serviços públicos na municipalidade".

De acordo com o prefeito Vinicius Camarinha (foto), o Município tem acionado a CPFL desde segunda-feira para que agilize o retorno da energia. “Estamos com várias escolas sem energia, já tivemos problemas com alimentação, porque durante toda a madrugada de segunda para terça-feira os freezers ficaram desligados e tivemos que descartar e substituir os alimentos”, explica.

Problemas continuam

Mesmo sob a pressão da população, política e agora da Justiça, a CPFL ainda não conseguiu restabelecer a energia em Marília e muitas cidades da região.

Na avenida Sampaio Vidal, no centro da cidade, os comerciantes entraram no terceiro dia sem luz, como é o caso de uma sorveteria que contabiliza um prejuízo de R$ 10 mil ao perder todo o estoque. O mesmo acontece na zona rural, conforme denúncia feita por produtores rurais ao Visão Notícias.

No vídeo, o comerciante 
Weverton Michel Fernandes, dono da sorveteria, joga fora centenas de picolés (foto):

Receba nossas notícias no seu celular: Clique Aqui.
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288


Desenvolvido por StrikeOn.