Caçada aos manifestantes chegou até à uma área do Exército que não autorizou a prisão.
Só mesmo quem esteve no "meio" das manifestações ocorridas neste domingo, em Brasília, que resultou na invação da Praça dos Três Poderes, pode relatar muitas das situações vividas e que muitas vezes não estão sendo relatadas por boa parte da imprensa.
O professor mariliense, foi atingido por cinco disparos de balas de borracha, disparados pela Polícia Militar, enviou novas mensagens ao Visão Notícias relatando os momentos de tensão vividos na tarde deste domingo:
- Eu tentei por diversas vezes impedir a destruição do patrimônio do próprio povo. Foi quando percebi que dezenas dessas pessoas não estavam de ver de amarelo. No embalo acredito que outras pessoas pacíficas acabaram entrando dentro dessas áreas e dentre elas também começaram a quebrar junto.
As mensagens enviadas pelos marilienses, que estão na capital federal, ainda são bastante truncadas. Como a Polícia Federal está monitorando ligações e mensagens, a preocupação deles é evitar um comprometimento ainda maior, mesmo porque poderão ser enquadrados em crime de tentativa de golpe de estado. Ainda não há confirmação se o ônibus que levou os marilienses está conseguindo retornar.
Exército evitou "caçada"
O professor mariliense que aceitou responder às mensagens do Visão Notícias explicou que "a manifestação era para ser pacífica. Fomos até revistados. Quando chegamos já estavam sendo invadido pois andamos quase 8km do Exército até esplanada em milhares de pessoas andando pacificamente com nossas bandeiras e faixas e quando nos deparamos já estavam em confronte".
Após acreditar que as depredações foram iniciadas por pessoas "infiltradas" ao movimento, o nosso contato observou:
- Quando chegaram os helicópteros e começaram a atirar do alto em meio a multidão das milhões de pessoas e essas bala de gás acertavam todos na multidão. Teve um da Polícia Federal e outro Polícia Militar, muita gente foi atingida. Entre elas eu.
Segundo o professor, os integrantes do seu grupo de manifestantes que foram presos, "segundo informações estavam tirando fotos e fazendo vídeos dentro dos espaço depredados. E pelo que sei ainda tem dois detidos".
Ele acrescentou que o momento de maior tensão foi quando tentavam deixar a área da Praça dos Três Poderes e foram caçados pela polícia:
- Tivemos policiais de ambos os lados até o Exército. E quando adentramos ao Exército, centenças de polícias tentaram invadir com helicópteros, mas Exército interviu e não deixou. Disseram que ali era área militar e que se entrasse seriam presos. Virou a noite e logo de manhã o cerco estava fechado.
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288