Decisão de não aceitar classificação estadual teve grande repercussão no Palácio. Prefeito afirma que todos precisam colaborar com medidas de segurança.
O "day after" (dia deguinte) da "rebelião" contra o decreto estadual, que prejudicou a região na classificação da Covid-19, foi de grande repercussão para o prefeito Daniel Alonso.
Nos bastidores políticos, circulam informações de que a decisão não foi bem aceita no Palácio dos Bandeirantes, mas o governo não deve interferir. Há o risco apenas de uma nova ação judicial por parte do Ministério Público.
Em entrevista ao portal Visão Notícias, neste sábado, Daniel admitiu que as medidas tomadas repercutiram de forma negativa junto aos principais assessores do governador João Doria (ambos são do mesmo partido).
Mas, para o prefeito o momento agora é de reabertura gradual do comércio e ao mesmo tempo monitorar a situação epidemiológica da Covid-19 em Marília.
Região está na faixa laranja, mas a Prefeitura de Marília criou a faixa verde do plano SP.
"O avanço do vírus não vai parar com a quarentena. O que pode parar é as pessoas terem consciência e seguir todas as regras de segurança", afirmou Daniel Alonso ao defender mais uma vez a flexibilização.
Ele deixou claro que toda população deve colaborar porque, da mesma forma que as atividades estão voltando a funcionar, há o risco de retroagir se os casos do novo coronavírus saírem do controle.
Para Daniel Alonso, mesmo com o aumento do número de casos positivos, é preciso levar em conta alguns fatores positivos, ou seja, os novos casos não ocorrem na grande maioria nos chamados "grupos de risco" e também a baixa utilização de leitos hospitalares.
Aliás, uma das preocupações do prefeito, para que a doença não avance em grupos como idosos, é manter a proibição deles utilizarem o transporte coletivo, o que poderia aumentar o risco de contaminação.
Reação contrária
Desde quarta-feira quando foi apresentado o Plano São Paulo, que colocou a região de Marília na Faixa 2, o prefeito Daniel Alonso deixou claro que não concordava com tal classificação, já que os 62 municípios da Diretoria Regional de Saúde tinham índices superiores a outras regiões, como Presidente Prudente, Bauru e Araraquara, que ficaram na Faixa 3.
No mesmo dia, o Chefe do Executivo mariliense pediu à equipe técnica do Governo do Estado a revisão e a reclassificação da região de Marília, sendo que até o momento da coletiva não havia obtido uma resposta do pedido.
Daniel considerou ter havido um grande erro da equipe técnica do Estado, ao colocar Marília na Faixa 2 do Plano São Paulo, mesma faixa da capital, considerada o epicentro do Covid-19 (Novo Coronavírus).
O que pode funcionar
Ao lado de lideranças do comércio e políticas, prefeito Daniel Alonso anuncia a flexibilização "fase 2" do comércio de Marília.
A partir desta segunda-feira, dia 1º, poderão funcionar as atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, bares, restaurantes e similares, comércio em geral, shopping center, salão de beleza e academia, que deverão seguir todas as recomendações de saúde e segurança constantes no Decreto Municipal, que pode ser acessado na íntegra pelo seguinte endereço eletrônico (clique AQUI).
Na próxima quarta-feira, a partir das 10h, no auditório da Prefeitura de Marília, Daniel Alonso vai se reunir com líderes religiosos para definir regras para uma possível volta de cultos e missas, priorizando sempre a segurança da população.
Com relação à educação, o prefeito informou que o tema será colocado em pauta nas próximas reuniões do Comitê de Enfrentamento ao Covid-19.
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