Palhaça Paçokinha: mariliense completa duas semanas de trabalho voluntário e conquista o RS

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Ela supera desafios, mas também enfrenta dificuldades

Após viajar por mais de 1.300 quilômetros de moto com a "cara e coragem", até à cidade de Canoas, a mariliense Karen Camargo Grejo, conhecida como "palhaça Paçokinha", completou duas semanas de trabalho voluntário com objetivo de ajudar principalmente crianças das famílias que perderam tudo por causa das enchentes no Rio Grande do Sul. Ela relata que superou muitos desafios, porém admite que enfrenta muitas dificuldades.

Karen tinha como foco somente animar as crianças que vivem nos abrigos após as famílias serem resgatadas, pois sabiam que elas estavam ficando o dia todo sem ter o que fazer. Mas, encontrou uma realidade bem diferente. Era um ambiente desolado e triste. Achou um "cantinho" um desses abrigos e teve que trabalhar primeiramente no "pesado", ajudando as famílias na reconstrução de suas vidas.

Coisas do destino...

Como estava de moto, levou poucas coisas e logo percebeu que eram insuficientes para atrair as crianças que não tinham o que fazer nos abrigos. Mas, o destino fez com que encontrasse o policial militar Adriano Zilli (foto) e sua família, com quem fez uma grande amizade.

Ficou sabendo de ele mantinha uma pequena empresa familiar de animação de festas. Mas, por causa das enchentes tinha perdido tudo. Karen foi até ao barracão onde achou todos os materiais cobertos por lama. Mesmo assim, pediu para que emprestasse uma cama elástica, toda danificada. Prometeu que seria recuperada e devolvida "em ordem".

Adriano ficou comovido. Não só doou a cama elástica, como também outros objetos. Depois, fez questão de ajudá-la pessoalmente já que "Paçokinha" não tinha um carro para transportar os objetos. Sua família está cedendo uma casa para que ela pudesse morar durante esse período.

Mais apoio

Enquanto sente saudades de casa (sua mãe, Patrícia, foi a maior incentivadora enquanto que o marido, Marcelino, ficou cuidando do espaço infantil no pesqueiro do Gato - Super Play Kids"), com o seu carisma Karen logo conquistou a cidade de Canoas que a acolheu.

A família de Adriano Zilli lhe acolheu e deu todo apoio ao trabalho voluntário.

Tanto que a CORSAN (Companhia Riograndense de Saneamento - cuida do abastecimento em Canoas) também decidiu apoiá-la, cedendo veículos para fazer o trabalho voluntário de animar as crianças dos abrigos e até mesmo funcionários da empresa que se vestiram de palhaços para essa missão.

Karen também usou parte do dinheiro que levou para esse trabalho voluntário comprando balas e guloseimas para fazer "sacolinhas-surpresa"  que foram entregues às crianças nos abrigos. O trabalho dela também ganhou destaque na mídia em Canoas. 

Medo e desafios

Mas, engana-se quem pensa que o "pior" já passou no Rio Grande do Sul. Karen e milhares de outras pessoas estão enfrentando um fim de semana de medo e ansiedade. É que há informações do risco de mais chuva forte no RS que podem causar novas enchentes.

"Teve até uma live em que autoridades pediram para que as famílias deixem novamente suas casas. Se novas enchentes vierem, tudo que foi doado pode ser perdido", lamentou Paçokinha.

Ela também vive um drama pessoal. Todas as economias para a viagem e o trabalho voluntário em solo gaúcho acabaram. Karen quer ficar mais duas semanas, porém hoje vive de ajuda dos moradores gaúchos, até mesmo para se alimentar.

"Sei que esse trabalho que estou fazendo não tem preço, mas peço ajuda dos marilienses. Aqui ainda tem muita coisa a ser feito. Essas famílias, inclusive as crianças, precisam de muita ajuda", desabafou.

Como ajudar?

Quem puder contribuir financeiramente com o trabalho voluntário da palhaça Paçokinha, inclusive para sua volta a Marília, pode fazer doações através da chave Pix (14) 99895-5844.

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