Mulheres pedem pizza e dipirona à PM para serem resgatadas de violência doméstica

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Duas mulheres tiveram sangue frio e "criatividade" para conseguirem salvam suas vidas durante violência doméstica que estavam sofrendo. Ambas ligaram para o 190 da Polícia Militar pedindo "pizza" e "dipirona". Graças ao olhar atento dos policiais militares do Copom (Centro de Operações da PM), eles entenderam a real situação, despacharam viaturas e prenderam os agressores.

Apesar de todas as campanhas e das ações policiais contra os agressores, a violência contra a mulher vem crescendo. Em Marília, principalmente nos fins de semana, são registrados vários boletins de ocorrência de agressões, muitos deles que resultam na prisão dos "valentões". Em Vera Cruz, por exemplo, uma mulher foi morta a facadas pelo ex-companheiro.

Pedindo pizza

Uma mulher conseguiu denunciar o ex-companheiro por violência doméstica ao simular o pedido de uma pizza durante uma ligação para o número 190, em Vitória da Conquista, no Sudoeste da Bahia. A intenção era disfarçar o pedido de socorro, já que o ex-companheiro estava presente e a ameaçava.

“Gostaria de fazer um pedido de uma pizza”, diz a mulher no áudio do atendimento, divulgado pela Polícia Militar. Ao desconfiar da situação, o atendente pergunta: “A senhora está sendo ameaçada?”. Ela responde com um “sim, sim”. O diálogo, que durou um minuto e 12 segundos, foi o suficiente para identificar a situação de risco e iniciar a ocorrência que terminou com a prisão do suspeito.

Quero "dipirona"

O segundo caso aconteceu em em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Uma mulher  pediu socorro disfarçadamente, solicitando “dipirona” em uma ligação para a PM. O vídeo da chamada, divulgado nas redes sociais da corporação nesta terça-feira (5), integra a campanha Agosto Lilás, de combate à violência doméstica.

Conforme a publicação, a ocorrência foi atendida, e, dias depois, a mesma mulher ligou novamente para agradecer à equipe. 
Na gravação, a vítima pede um remédio para dor. O atendente do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) avisa que aquela é a central da PM. “Alguma coisa aí no local?”, pergunta o policial. A mulher insiste: “Sim, uma dipirona”.

A conversa segue com respostas simples - “sim” ou “não” - como se fosse uma ligação para farmácia. O policial pergunta se o agressor tem arma de fogo, e a vítima diz que não. Para entender a gravidade da situação, o policial continua a metáfora: “10 miligramas, 20 miligramas ou 30 miligramas? Qual a intensidade da agressividade dele?” A mulher responde: “30”.

Uma equipe foi até o endereço e conseguiu retirar a mulher da casa. Só neste ano, Mato Grosso do Sul registrou 21 feminicídios. As campanhas contra a violência que mata mulheres usam dois códigos internacionais para que elas peçam socorro caso estejam em perigo. Um é o da mão fechada e o outro envolve o uso do batom vermelho (foto). Informações: Campo Grande News.

Confira a reportagem:



Fonte: SBT 

 
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