Iniciativa foi da família do calheiro Antonio Carlos Serrano, de 53 anos, que faleceu no mês passado a espera de uma vaga de UTI.
Quem passou na manhã deste sábado pela avenida Sampaio Vidal, em frente à Prefeitura, em Marília, foi surpreendido com dezenas de cruzes de madeira e alguns cartazes. Era uma manifestação silenciosa da família do calheiro Antonio Carlos Serrano, de 53 anos, que faleceu vítima dessa doença no dia 17 de abril.
As cruzes representaram as 526 pessoas que morreram até agora vítimas do novo coronavírus (segundo último balanço, divulgado na sexta-feira).
Para a família, foi uma forma de lembrar o caso e ao mesmo tempo pedir todo o empenho das autoridades médicas a favor das pessoas que contraíram a doença.

"Essas cruzes são em memória aos cidadãos de Marília que faleceram de Covid-19 à espera de um leito de UTI. Foram pais, mães, filhos, irmãos, maridos e esposas que deixaram um enorme vazio", diz uma das faixas.
Esta é a segunda manifestação feita pela família da vítima, carinhosamente conhecida como "Carlão". A primeira foi no dia 24 de abril, quando a esposa e filha, com uma faixa, que era exibida principalmente quando o semáforo estava vermelho.

De acordo com a esposa dele, Suzana Serrano, a morte poderia ter sido evitada se ele tivesse sido internado numa UTI, já que seu quadro clínico era bem grave.
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