Juiz acusado de dirigir embriagado e acompanhante são indiciados por morte de ciclista

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Um juiz aposentado de Araçatuba, de 61 anos, e sua acompanhante, de 25 anos, foram indiciados por homicídio culposo na direção de veículo automotor sob influência de álcool pela morte da ciclista Thaís Bonatti de Andrade, de 30 anos, ocorrida em 24 de julho deste ano, em Araçatuba.

De acordo com o delegado Guilherme Melchior Valera, responsável pela investigação, o juiz dirigia sob efeito de álcool, enquanto que a moça, que estava no veículo (uma caminhonete), sentou-se no colo do motorista e assumiu parcialmente a direção. Testemunhas afirmaram que ela estava seminua no momento do acidente, o que teria desviado a atenção e obstruído a visão do condutor.

Thaís Bonatti de Andrade chegou a ser socorrida em estado grave, sendo levada à Santa Casa de Araçatuba. Mas  acabou morrendo dois dias após, em decorrência de traumatismo craniano, múltiplas fraturas e hemorragia interna, segundo o laudo necroscópico.

Muita bebida

Testemunhas relataram que o juiz aposentado passou a madrugada em uma boate, onde consumiu grande quantidade de bebidas alcoólicas. O proprietário do local confirmou que ele esteve no estabelecimento, ingeriu bebidas e chegou a descansar em um camarote. Ele disse ainda que ofereceu chamar um carro por aplicativo, mas o cliente recusou.

Após o acidente, a caminhonete foi parar em cima da rotatória.

Segundo o depoimento, foram consumidas oito garrafas de champagne, quatro litros de whisky e duas long necks, todas registradas em uma folha de papel que foi descartada antes do juiz sair da boate.

O proprietário afirmou não possuir comprovantes do consumo total. Em interrogatório, o juiz aposentado negou abuso de álcool e declarou ter tomado apenas duas cervejas.

Na conclusão do inquérito, o delegado destacou que a condução sob efeito de álcool e a presença da passageira no colo do motorista configuram imprudência e negligência. A acompanhante também foi indiciada por contribuir diretamente para o resultado fatal.

O exame clínico de embriaguez, realizado pelo Núcleo de Perícias Médico-Legais de Araçatuba, constatou hálito etílico, fala enrolada, olhos avermelhados, falta de equilíbrio e atenção dispersiva, confirmando o estado de embriaguez com alteração psicomotora.

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