Foram registrados quase 45% a mais de casos e de mortes na cidade.

Com a chegada do calor e do período de chuva, a dengue volta a preocupar em Marília. Além de registrar quase 45% a mais de casos em relação ao ano todo de 2024 e 35 mortes (existem mais duas aguardando resultado dos exames), outro problema que está tirando o sono das autoridades sanitárias é o grande número de imóveis fechados durante as vistorias. É que nesses locais há o risco de existirem criadouros do mosquito transmissor da doença.

Pelas redes sociais, internautas do Visão Notícias enviaram mensagens relatando que esse número de casas sem vistorias só vai cair se a secretaria da Saúde ampliar o trabalho dos agentes de saúde, principalmente aos sábados à tarde e aos domingos, o que aumenta a chance de encontrar os moradores.

Ampliação do horário

Em nota, a Secretaria informou que já estuda essa ampliação, ou seja, a implementação de horários alternativos para as visitas das equipes de Controle de Vetores (foto), principalmente no período da tarde aos sábados, enquanto que ações pontuais aos domingos.

Além disso, os moradores podem agendar, junto a Unidade de Saúde de referência, um horário para a visita. A Secretaria da Saúde admitiu que houve "um aumento significativo" de imóveis fechados, em grande parte pela ausência de moradores no horário tradicional de atendimento. E alerta:

"Essas pendências comprometem a efetividade das ações, pois a maioria dos criadouros do Aedes aegypti é encontrada dentro das residências, como em vasilhas de água para animais e pratos de vasos de plantas nos quintais".

No último sábado, por exemplo, as ações foram realizadas nos bairros JK e Jardim Renata, na zona norte. Do total de 1.533 imóveis previstos, os agentes conseguiram entrar em 728, ou seja, menos de 50%: 769 estavam fechados e em 35 os moradores se recusaram a aceitar a vistoria. Foram eliminados 33 focos do mosquito.

Casos preocupam

Até a semana epidemiológica número 43 (até 26/10), Marília já havia confirmado neste ano 14.971 casos de dengue, com 72 pacientes em estado grave e 531 em situação de alarme. Até agora, 35 pessoas já morreram por causa da doença e dois óbitos estão em investigação. Para se ter uma ideia, durante todo o ano passado foram 10.368 casos confirmados e 24 mortes (cerca de 45% a mais). 

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