Com UTIs lotadas há semanas, Marilia vive o pior momento da pandemia. Faltam funcionários, equipamentos e até kits de intubação.
O agravamento do quadro clínico de pacientes com a Covid-19 em Marília está ocorrendo devido a existência de pelo menos 10 variantes do novo coronavírus, incluindo a cepa de Manaus, que tem ao menos dobro da carga viral. Dessa maneira, muitas pessoas estão com quadro clínico mais grave e até levando à óbito em poucos dias.
Taxas de ocupação de leitos de UTI continuam em 100% na cidade,
A informação foi revelada no começo desta tarde pelo secretário municipal da Saúde, Cássio Luiz Pinto Júnior (Cassinho), ao garantir que a Prefeitura vem tentando de todas as maneiras abrir novos leitos de UTI e também leitos clínicos nas unidades de pronto atendimento.
A entrevista foi dada em resposta à manifestação ocorrida nesta manhã, pela família do Calheiro Antonio Carlos Serrano, de 53 anos, que morreu no fim de semana passado, porque não havia vagas de UTI.
Quanto a divulgação dos locais onde as vítimas fatais estavam internados, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que isso deixou de ocorrer por ser uma questão de manter sigilo, a exemplo de não informar os nomes dos pacientes.
Novos leitos
O secretário garantiu que todo dia a equipe da Secretaria buscando alternativas para superar as dificuldades causadas pela falta de leitos de UTI e clínicos. "Mas, não é fácil. Além da falta de equipamentos e oxigênio, também faltam recursos humanos", afirmou Cassinho (foto).
Algumas alternativas estão sendo discutidas, mas por enquanto ele está mantendo os detalhes em sigilo. "São muitos detalhes e precisamos que tudo esteja acertado", observou.
Kit intubação - Sobre os problemas enfrentados, ele citou como exemplo a falta do chamado "kit de intubação". Como hoje o governo federal concentrou toda essa distribuição, essa logística está mais complicada.
No domingo passado, às 8h, por exemplo, o próprio Secretário estava num hospital da cidade conseguindo o empréstimo de alguns ítens desse kit para garantir atendimento aos pacientes em estado grave que estão internados.
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