Em meio a polêmica criada pelo governador João Doria, ao prejudicar a região de Marília, nas chamadas fases de flexibilização da quarentena, o Sindicato do Comércio Varejista de Marília iniciou nesta quinta-feira um movimento para reabertura total do comércio local a partir da próxima segunda-feira, dia 1º de junho.
O presidente do sindicato, Pedro Pavão, espera que o prefeito Daniel Alonso sancione a lei de regulamentação geral das atividades econômicas.
O manifesto está sendo encaminhado à todas as lideranças, empresários e entidades "para uma onda de pressão pública pela reabertura de todos os setores da economia com flexibilização da quarentena", informa o Sincomercio.
O presidente da entidade, Pedro Pavão, ressalta que a primeira medida a ser tomada deve ser do prefeito Daniel Alonso, que precisa sancionar a lei de regulamentação geral de atividades econômicas aprovadas pela Câmara de Marília na terça-feira.
A lei define bases para funcionamento de comércio, serviços e indústrias com diversas regras de prevenção e controle de higienização nas empresas.
“A lei dá para a Prefeitura de Marília os mecanismos que a cidade precisa para funcionar de forma técnica, organizada e responsável, fora do jogo político em que foi transformada a quarentena no Estado de São Paulo”, afirma Pedro Pavão.
Confira o manifesto:
“Respeitem Marília
A exclusão de Marília entre os melhores cenários da flexibilização da quarentena em meio à epidemia do coronavírus é uma agressão e não pode ficar sem resposta.
A cidade e a região têm índices e medidas de controle que comprovam o baixo impacto da epidemia. Isso foi ignorado enquanto acumulamos um rombo econômico.
As manifestações técnicas do Ministério de Saúde dão a Marília todas as condições para ter abertura muito maior das atividades econômicas.
O projeto de lei 44/2020, aprovado pela Câmara de Marília na terça-feira (dia 26 de maio), dá à cidade critérios técnicos, legais e sanitários para reabertura ampla. Mas segue engavetado no gabinete do prefeito Daniel Alonso esperando ser sancionado para se tornar lei.
Não é só um problema do comércio. É uma crise de toda a cidade e toda a região.
A flexibilização diferenciada vai deixar Marília ilhada entre regiões de maior expansão. Estamos sem condições de reagir e retomar capacidade geral de crescimento, o que é uma ameaça inclusive para serviços médicos e de fiscalização.
Essa conta será impagável.
Cobre do prefeito. Cobre do governador. Obre do deputado Vinícius Camarinha e de outros parlamentares, em nível estadual e federal, que usam a cidade a regional como base de exploração política.
Marília e região acumulam situações históricas de marginalização política e econômica. São décadas de descaso do governo estadual.
Subfinanciamento do Complexo Famema; perda de comandos da segurança pública enquanto a região vê brotar situações de riscos, como novos presídios; exclusão de grandes projetos de infraestrutura, como extensão da rodovia Castello Branco; exclusão na retomada da ferrovia ou a projeção de uma das maiores malhas de pedágios em rodovias, são alguns dos muitos casos.
Tudo isso atrasa a economia, prejudica a qualidade de vida, reduz capacidade de atendimento em saúde, em serviços. Paramos no tempo.
A marginalização no programa de flexibilização da quarentena é a cereja no bolo do descaso.
E não dá mais para engolir calado.
É hora de todos reagirem juntos.
Sindicato do Comércio Varejista de Marília e Região
Pedro Pavão – presidente”
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