CMN tem fim melancólico. Com enxurrada de ações, pode perder todos bens

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Após ser considerado um dos maiores grupos de comunicação da região de Marília, a CMN (Central Marília Notícias) caminha para um fim melancólico. O motivo é uma verdadeira enxurrada de ações judiciais de despejo, trabalhistas e também indenizatórias que podem levar a perca de todo o patrimônio. O grupo foi fechado há quase dois anos pela Polícia Federal na Operação Miragem.

Uma dessas ações chamou a atenção nesta semana: advogados da Casa Sol e oficiais de justiça acompanharam uma vistoria para levantamento de bens passíveis de penhora. É que a CMN está sendo processada por ataques políticos contra o empresário Daniel Alonso, que dirigiu a rede de lojas e atualmente é prefeito de Marília.

Funcionários do grupo chegaram a fazer protesto contra salários atrasados

A Central Marília Notícias começou há mais de 30 anos com o empresário Juan Arquer Rubio que comprou o semanário Marília News que posteriormente passou a se chamar jornal Diário.

Posteriormente, agregaram ao grupo de comunicação a rádio Dirceu e angará FM (Diário FM). O empresário também comprou o antigo jornal Correio de Marília que posteriormente foi absorvido pelo Diário.

VENDA E "LARANJAS"

No final de 1994, Juan Arquer Rubio vendeu o grupo para inicialmente ao empresário Antonio Marangão (de Garça). Alguns anos depois, bancário Carlos Francisco Cardoso passou a ser o proprietário.

Após dezessete anos, as emissoras de rádio e o jornal foram novamente vendidos para Marcel Certain e Sandra Mara Norbiato, de Ribeirão Preto, que acabaram apontados como "laranjas" dos verdadeiros donos.

Tanto que essa suspeita levou a Polícia Federal a desencadear a operação Miragem, com a prisão dos atuais donos e encerramento das atividadees do grupo CMN.

Sandra Mara Norbiato chegou a fazer um acordo de delação premiada com a justiça e apontou o deputado Abelardo Camarinha e seu filho, Vinicius como os verdadeiros donos da CMN. Os dois negam e afirmam que são ataques de grupos políticos adversários.

BENS PENHORADOS

Operação da Polícia Federal que levou ao fechamento das emissoras de rádio e jornal.

Com o fechamento, funcionários ficaram sem receber salários e demais benefícios trabalhistas e ações prosseguem na justiça. O pouco que restou dos bens, em condições de uso, deve ser utilizado para pagamento das indenizações. 

Outra preocupação é com o patrimônio histórico: o acervo dos jornais Diário e principalmente do Correio de Marília, fundado em 1º de maio de 1928 e absorvido pelo Diário. Uma campanha está sendo liderada pela Comissão de Registros Históricos da Câmara para tentar preservar esse material.

CASA SOL

Daniele Alonso: "justiça e esperança".

Ironicanente, um dos principais alvos de ataques políticos pelo grupo CMN (antes mesmo da campanha política), o empresário Daniel Alonso (hoje prefeito) poderá ficar com boa parte dos bens disponíveis do grupo. É que ele e a Casa Sol ganharam ações indenizatórias na justiça por dano moral, embora ainda estejam em fase de recursos.

Sobre a vistoria realizada nesta semana para penhora de bens da CMN, a empresária Daniele Alonso, representante da Casa Sol, afirmou  "a vitória dessa causa representa pra mim justiça e esperança". 

Ela acrescentou que "um político tem o papel de proteger, cuidar e direcionar uma sociedade. Ele jamais pode querer destruir uma empresa que gera empregos, paga impostos, contribui para a economia usando mentiras, calúnias e difamações. A política velha, suja e deprimente também precisa mudar. Não podemos admitir mais inimigos na política, somos uma sociedade democrática, as oposições existem e precisam ser respeitadas”.

 

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