Empresa estaria exigindo dos funcionários "meta diária" de multas para quem não pagar estacionamento. Seria a chamada "indústria da multa".

A Câmara Municipal de Marília vota nesta segunda-feira requerimento pedindo a abertura de uma sindicância e investigação quanto à supostas irregularidades e abusos cometidos por parte da Rizzo Park. A empresa, responsável pela "zona azul" (em sistema de parquímetro) estaria estabelecendo metas diárias de cobrança de multa, conforme vem sendo veiculado nas redes sociais.

De acordo com o requerimento, uma funcionária da empresa estaria indignada com a possibilidade de perda de cesta básica caso não fossem cumpridas as metas impostas pela Rizzo.

Também chegou a ser divulgado um vídeo onde outros dois supostos funcionários falam abertamente sobre o que está sendo chamado de “indústria da multa” e metas de infrações atribuída.

Segundo o requerimento, a empresa Rizzo Park teria estabelecido uma meta diária de R$ 250,00 a ser atingida e uma mensal de R$ 7 mil, além da exigência de uma cota mínima de cinco multas diárias, para cada agente de vendas. 

Como funciona

Pelo novo sistema de fiscalização, a empresa explora o serviço de estacionamento rotativo na cidade, cobrando o custo de R$ 2,00 por uma hora e R$ 4,00 por duas horas, havendo uma tolerância de 15 minutos ao usuário utilizar a vaga sem a necessidade de pagamento.

Caso o usuário não se apresente em 48 horas para regularizar sua situação, será aplicada uma multa de R$195,23, além da perda de cinco pontos na CNH.

O requerimento, de autoria do vereador Marcos Rezende, após ser debatido e votado em plenário, se aprovado será encaminhado à Prefeitura e Emdurb que, por enquanto, vão aguardar a discussão do assunto pelo Legislativo.

Outro lado 

Em nota oficial, a empresa Rizzo Park, negou a existência dessa "indústria da multa", denunciada pela Câmara Municipal. Mas admite que "os monitores têm meta de fiscalização de veículos, para garantir que eles fiquem em circulação, assim como tem meta de venda de tickets para garantir que eles atendam o máximo de pessoas".

Acrescenta ainda que o "sistema é transparente ao ministério publico, a prefeitura e a EMDURB, e sempre estaremos de portas abertas para transparecer a quem quiser, qualquer informação".