O Índice de Potencial de Consumo (IPC) apontou um crescimento de quase 70% no êxodo rural em Marília, em apenas um ano (de 2024 para 2025). Segundo o levantamento, de 9.062 pessoas moravam na zona rural do município, no ano passado, esse número caiu para 2.842 pessoas em 2025 (redução de 68,64%).
São pessoas e famílias que decidiram deixar o campo e buscar a chamada “vida nova” nas cidades. É o caso de Ana Maria Golzio que, após viver a maior parte da vida morando na zona rural, decidiu se mudar para a cidade com as três filhas. Ela conseguiu a casa própria pelo programa Minha Casa Minha Vida.
O principal motivo da decisão, segundo ela, foi o acesso a melhores condições de vida para suas filhas. Ao chegar à cidade, Ana Maria começou a trabalhar no açougue de um supermercado. Mesmo sentindo falta do campo, ela ainda vê vantagens em continuar na cidade.
Qual o motivo?
Segundo o economista Benedito Godofredo, o movimento de saída das pessoas do campo continua acontecendo, principalmente devido à mecanização e à informatização do meio rural:
“Muitas pessoas que estão hoje lá não conseguem esse acesso. E, às vezes, propriedades menores, que não valem a pena certos investimentos. Este, e principalmente se a pessoa é um pouco mais jovem, a tendência é ele migrar para o meio urbano".
O que é o IPC?
O Índice de Potencial de Consumo é um indicador de mercado que mede a capacidade de uma região, como um município, de gastar dinheiro em determinados produtos ou serviços, servindo como um "termômetro" do potencial de gastos do consumidor final.
O IPC é realizado por várias empresas e institutos de pesquisa, a partir de informações de institutos oficiais, como o IBGE, Banco Central e o Ministério do Trabalho, além de dados do próprio mercado. Informações: G-1.
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