Em um período de tantas celebrações, como o Natal e Ano Novo, muitas pessoas enfrentam sentimentos de angústia e insegurança. Aliás, isso tem até nome: 'dezembrite', ou síndrome do Fim de Ano.
Para muitas pessoas, fazer uma retrospectiva dos últimos 12 meses significa relembrar metas abandonadas ou malsucedidas e expectativas não alcançadas.
Segundo o psicólogo Lucas Freire, o risco da 'dezembrite' é que essa sensação de incompletude potencialize transtornos de ansiedade e depressão, principalmente com a pressão de manter o alto-astral nas festas.
O que fazer???
Em entrevista, o especialista em bem-estar pode explicar como identificar e combater essa síndrome, além de mostrar como lidar com as cobranças excessivas ao longo do ano para evitá-las a longo prazo.
“Ninguém é produtivo o tempo inteiro, ninguém é feliz o tempo inteiro, mas é possível ser mais feliz e produtivo. E isso sem acabar com a saúde mental”, explicou.
Ao unir a ciência com as reflexões da Psicologia Positiva e da Filosofia da Felicidade, Freire desenvolveu o Playfulness, conjunto de práticas que atua como resposta para as incertezas, contradições e ambiguidades da hipermodernidade, que desencadearam uma onda de adoecimento psicológico dentro e fora do mundo corporativo.
Regular as emoções
Uma vida baseada no Playfulness, segundo o especialista, está relacionada com a habilidade de aprender a regular emoções, ampliar as habilidades sociais e redescobrir a satisfação com o trabalho e as atividades do dia a dia.
Dessa maneira, é possível conquistar ganhos em produtividade na vida pessoal e profissional, sem comprometer a saúde emocional.
O psicólogo destaca que a imposição de manter a alta performance no trabalho e nas relações interpessoais desencadeou uma epidemia de adoecimento mental e, consequentemente, físico.
Burnout, estresse, depressão e ansiedade são diagnósticos cada vez mais comuns. Por conta da competição sem fim, muitas pessoas acham difícil encarar a rotina como algo que traz felicidade.
De acordo com Lucas Freire, o Playfulness é alcançado quando se vive a plenitude do Play com o entendimento que as adversidades também ensinam.
Esta prática permite que cada pessoa passe a produzir com sentido e propósito, e possa ressignificar as angústias como um degrau para o próprio desenvolvimento.
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