Durante o isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19), a velocista Verônica Hipólito, de 23 anos, lançou um projeto audacioso para ajudar atletas paralímpicos, em início de carreira, que buscam o alto rendimento no esporte . Batizada de “Time Naurú” - na língua tupi guarani o termo "naurú" significa bravo, herói, guerreiro.
A velocista explicou a importância de um projeto específico para abraçar as minorias. “No início, queria ter um time para competições. Mas, depois, lembrando das dificuldades que eu passei com gestores no meu início de carreira, me dei conta de que se eu - mesmo sendo campeã mundial, medalhista paralímpica, campeã parapan-americana, e recordista das Américas - tive que passar por isso, os outros devem ter problemas muito maiores. Comecei a conversar com as pessoas e achei muitas histórias de abusos e assédios. Daí caiu a minha ficha. O esporte não é isso. Ele deve ser algo para mudar o mundo dessas pessoas”.
Além da própria Verônica Hipólito, fazem parte da equipe os paratletas Felipe Gomes, Gabriela Mendonça, Washington Júnior, Viviane Ferreira, Fabrício Júnior e Davi Wilker. Um grupo vitorioso, que soma 30 medalhas em Parapans, 14 em Mundiais e nove conquistas em Paralimpíadas.
Segundo a corredora, a iniciativa é dividida em três pilares: saúde, educação e esporte.
Buscando não restringir as ações do projeto somente ao estado de São Paulo, o Time Naurú tem também um plano de ações sociais, voltadas ao esporte de base.
"Vamos implantar em um futuro próximo o ‘Time Naurú Jr.’. Vai ter também torcida personalizada do Time Naurú e um programa de sócio-torcedor. Aguardem. Vai ter muita novidade boa por aí”, prometeu a multicampeã. .
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288