Vendedora é presa por incitar homicídio

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Alessandra  foi presa pela DIG acusada de envolvimento no caso de linchamento no bairro Santa Casa

 

A vendedora Alessandra Kelly Moretão Vaz de Oliveira (20 anos), foi presa pela Polícia Civil suspeita de incitar a violência física contra o autônomo Abelino Vieira da Silva (31 anos) que foi espancado por moradores do Jardim Santa Clara, na zona Sul, morrendo dias depois no Hospital das Clínicas (HC) de Marília. As investigações prosseguem para que os responsáveis pelas agressões também sejam identificados.

 

De acordo com informações levantadas pela reportagem do portal Visão Notícias.com, Alessandra foi presa por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), em cumprimento a um mandado de prisão temporária, expedido pela Justiça de Marília.

 

Após sua prisão, ela foi levada para o Plantão Policial e transferida para a cadeia pública de Pirajuí, onde permanecerá presa, aguardando decisão da Justiça e o prosseguimento do trabalho policial.

 

De testemunha a envolvida - No dia do crime, Alessandra Kelly Moretão Vaz de Oliveira foi levada pelos policiais militares para o Plantão Policial, onde foi qualificada como testemunha do crime. Ela foi ouvida e liberada após o registro do boletim de ocorrência de lesão corporal de natureza grave.

 

Com o andamento do inquérito policial sobre o caso, que se tornou homicídio com a morte do autônomo, para apurar sua participação no linchamento, foi feito o pedido de sua prisão pelo prazo de 30 dias.

 

Homicídio - Segundo informações passadas pelos policiais militares que atenderam o caso, em contato com um taxista, souberam que na noite anterior ele havia feito uma corrida para o autônomo, levando a vendedora para sua residência localizada na Rua Maria Mazini Eugênio, no Parque Novo Mundo. Ele foi novamente acionado na manhã do dia seguinte, para buscar a vendedora e levá-la embora.

 

No entanto, quando chegou para pegar a mulher, por volta das 10h, encontrou o autônomo sendo atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), com presença de viaturas da Polícia Militar (PM).

 

Os policiais entraram em contato com vizinhos e souberam que a vítima havia contratado a vendedora para um programa sexual, havendo desacerto no momento do pagamento. Como a jovem disse que havia sido mantida trancada na casa por toda noite e agredida por Silva, uma pessoa desconhecida teria saído em sua defesa, batendo no autônomo.

 

HISTÓRIA DUVIDOSA - A vendedora contou uma história surpreendente aos policiais, relatando que foi até a casa do autônomo para consertar um aparelho celular, sendo que por motivos desconhecidos, ele a teria trancado em um dos cômodos do imóvel, pegando R$ 500 em dinheiro que havia recebido de seu trabalho em uma loja de departamentos no Centro de Marília. Ela disse que gritou por socorro durante a noite, mas ninguém veio ajudá-la.

 

O autônomo teria retornado apenas pela manhã, aparentemente sob efeito de entorpecentes, colocando um pano molhado com alguma substância na boca da vendedora, que começou a sentir uma moleza nas pernas. Ele então teria desferido alguns golpes de faca de cozinha, que não causaram ferimentos, além de um soco na boca que quebrou um dente da frente.

 

No momento em que conseguiu fugir, o autônomo teria sido cercado por mais de dez moradores das imediações, que começaram a agredi-lo violentamente com socos e chutes na cabeça. O Samu levou a vítima até o HC, sendo que seu estado de saúde era considerado gravíssimo, sendo imediatamente internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

 

O autônomo Abelino Vieira da Silva, 31, foi violentamente espancado no dia 17 de julho e não resistiu aos graves ferimentos, morrendo na tarde do dia 22, no Hospital das Clínicas (HC) de Marília. Ele havia sofrido afundamento de crânio e outros ferimentos, que causaram sua morte.

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