Venda de vagas em cursos de medicina é investigado pela Polícia

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A Polícia Civil em Assis deflagrou nesta quarta-feira (2) a segunda fase da Operação Asclépio, que investiga um esquema de venda de vagas em cursos de medicina. São cumpridos 22 mandados de busca e 12 de prisão temporária em cidades de São Paulo, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Minas Gerais.

As investigações começaram em 2017 após uma denúncia da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA), que foi informada pela Vunesp, empresa responsável pelo vestibular para ingresso no curso de medicina, que as impressões digitais de cinco candidatos inscritos no vestibular apresentavam inconsistências.

A partir disso, a Polícia Civil realizou em abril de 2019 a primeira fase da operação que prendeu 17 pessoas envolvidas no esquema. Durante as investigações, foi possível apurar que a fraude no vestibular consistiu na realização da prova por terceiras pessoas, que se identificaram como sendo os verdadeiros candidatos, denominados pela quadrilha como “pilotos”.

 

Eles assinaram as listas de presença, as folhas de respostas, assim como tiveram coletadas suas impressões digitais e captadas suas imagens durante a realização da prova do vestibular. Com isso, os investigadores passaram a trabalhar para identificar os chamados “pilotos”, que seriam pessoas que realizaram as provas no lugar dos candidatos. 

Os suspeitos identificados nessa segunda fase da operação possuem formação em curso superior de medicina, exercendo funções em postos de saúde nas cidades onde moram. Eles são suspeitos de integrar a organização criminosa especializada em fraudar vestibular de cursos de medicinas em universidades de todo o país.

O valor cobrado por vaga seria de R$ 80 mil a R$ 120 mil por estudante. Segundo as investigações, a quadrilha teria movimentado R$ 5 milhões em seis meses. A operação recebeu o nome de Asclépio, que o deus da medicina e da cura na mitologia grega e romana.

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