Vamos falar sobre Saúde Mental?

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Por Matheus Soares Munhoz *

Com quantas pessoas e quantas vezes você fala sobre questões emocionais e psicológicas no seu dia a dia?

Infelizmente, a depressão, transtorno de ansiedade e bipolaridade são assuntos ainda proibidos em muitos ambientes sociais.

Somado a isso têm a falta de compreensão sobre transtornos mentais e a marginalização de quem sofre com esses problemas. Isso inclusive, diz respeito ao estigma social que discursa diariamente que acompanhamento em saúde mental é para a loucura ou para os fracos e desajustados socialmente.

Todos nós devemos normalizar que passamos por momentos de adoecimento e sofrimento psíquico na vida.

Enfrentamos momentos de sofrimento no corpo, da mesma forma passamos por momentos de sofrimento mental.

É preciso dar atenção a essa dimensão da nossa vida, observar e saber reconhecer quando estamos precisando de ajuda especializada e entender a nossa existência enquanto biopsicossocial.

O que geralmente encontramos no consultório são pacientes discursando exatamente a raiz do tabu sobre saúde mental.

É claro que existe uma conjunção de fatores, mas os principais estão em torno do medo da repercussão negativa, da preocupação que seja visto como sinal de fraqueza, do receio de que afete a reputação ou carreira e a dificuldade de aceitar o problema em si mesmo.

Em psicanálise, temos, naturalmente, uma tendência em manter reprimido, “recalcado”, ou seja, guardado e escondido, aquilo que nos fere emocionalmente.

Esse processo de mecanismo de defesa pode ser perigoso, ao ponto de que como o sujeito não tem espaço social para falar e lidar com esses conflitos internos, essas repressões podem vir a se tornar transtornos, como o de ansiedade generalizada, ou a própria depressão.

Tudo isso Sigmund Freud explica: em sua frase, diz “a voz do inconsciente é muito sutil, mas não descansa até ser ouvida”. Ou seja, ao contrário do que pensam, o inconsciente não é inerte, nem está adormecido. Existe nele uma vivacidade significativa, embora sutil à primeira vista. Existem momentos na nossa vida em que uma voz interna fala tão alto que é impossível não ouvi-la.

A sociedade como um todo tem se envolvido com essa discussão na Campanha do Janeiro Branco, mas é um assunto que nos atravessa enquanto seres humanos e que precisa de atenção por toda a vida.

Talvez o nosso maior foco seja conseguir debater sem preconceitos, com disposição para ouvir, mas principalmente não evitar o assunto. O objetivo é normalizar essas questões: assim como alguém que vai ao médico não tem vergonha de falar, quem vai ver um terapeuta também não precisa ter.

A busca por um profissional de saúde mental ou da rede de serviços de saúde, podendo ser uma intervenção medicamentosa com a psiquiatria, a psicoterapia com profissional psicólogo, a assistente social, a terapia ocupacional, entre outras possibilidades, é fundamental, pois só se precisa assimilar o fato de que existem profissionais ativos e tratamentos eficazes para os diversos graus e modelos de sofrimento psíquico.

Então te convido: vamos falar sobre saúde mental?

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* Matheus Soares MunhozPsicólogo Clínico (CPR: 06/170795)

Abordagem Psicanalítica 

Acesse: https://www.instagram.com/matheussoares.psico/

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