Uma boa notícia para os motoristas do centro oeste paulista que normalmente viajam para o Paraná, principalmente com a aproximação do período de férias.
A cobrança de pedágio em seis praças de rodovias no Paraná será reduzida em 30% a partir desta terça-feira (1º), depois que as concessionárias responsáveis pela administração de trechos em duas rodovias terem firmado um acordo com a Força Tarefa da Lava Jato.
Mas, em compensação, quem trafega pela BR-153, na divisa entre Ourinhos e o Paraná está se "acostumando" a pagar novamente a tarifa que estava suspensa desde novembro do ano passado. Um carro de passeio, por exemplo, tem tarifa de R$ 21,90 e uma moto, R$ 11,00.
Descontos
Pedágio com destino às praias paranaenses terão desconto.
Na praça de São José dos Pinhais, da BR-277, no trecho que liga Curitiba ao litoral paranaense (operado pela Ecovia), o valor cobrado para os carros de passeio passará de R$ 20,90 para R$ 14,60, por exemplo.
Nas outras cinco praças, também na BR-277, mas operadas pela concessionária Ecocataratas, no trecho entre Guarapava e Foz do Iguaçu, os novos valores ficarão entre R$ 11,50 e R$ 9,50, ante os R$ 16,40 e R$ 13,50 anteriores.
A redução nos valores dura até que seja atingida a quantia economizada de R$ 220 milhões, que foi o valor acordado entre as concessionárias e o Ministério Público Federal (MPF) de modo a ressarcir a população dos prejuízos causados nos casos de corrupção assumidos pelas empresas investigadas por fraudes nas licitações na Operação Integração.
Pedágio em Ourinhos
Praça de pedágio na BR-153, divida com o Paraná, voltou a funcionar e com um valor "salgado"
Graças a uma liminar concedida pelo ministro mariliense Dias Toffoli, a praça de pedágio localizada na BR-153, entre Ourinhos e Jacarezinho, está operando novamente. É mais um capítulo da tumultuada batalha judicial entre o Ministério Público Federal e a Econorte, que já dura anos.
A praça de Jacarezinho estava desativada desde novembro do ano passado, quando a Justiça Federal acolheu uma ação civil pública do MPF denunciando irregularidades no pedágio e a existência de um esquema criminoso.
A cobrança foi suspensa e retomada inúmeras vezes, com decisões contraditórias do Judiciário em todas as instâncias.
O último "capítulo" teve como protagonista principal o ministro mariliense Dias Toffoli (foto) que suspendeu a liminar que proibia o funcionamento do pedágio e autorizou seu retorno.
Ele acolheu os argumentos da Econorte, de que houve forte “perda de arrecadação” com a desativação da praça.
Esquema de corrupção
A polêmica começou quando a concessionária, que ganhou a concessão no trecho de Andirá, transferiu a praça para a divisa de Ourinhos. O ato foi referendado pelo governo do Paraná, através de aditivos no contrato.
No entanto, em fevereiro de 2018 a polícia descobriu que havia um forte esquema de corrupção envolvendo a concessionária e membros do governo do Paraná. O presidente da Econorte, Hélio Ogama, chegou a ser preso pela “Operação Lava Jato”, junto com mais seis pessoas, entre elas o diretor-geral do DER do Paraná, Nelson Leal.
As investigações apontaram que havia um sobrepreço na cobrança dos pedágios da Econorte de até 90% em relação ao valor do mercado. A denúncia é de que os sucessivos aditivos, inclusive autorizando autorizavam reajustes nas tarifas, eram obtidos mediante propinas.
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