Subterrâneo em São Paulo ganhou a fama de ser mal-assombrado
Longe dos olhos de quem passa pelas ruas movimentadas da capital paulista, há uma agitada vida subterrânea. Nesse lado de baixo, há muitas histórias que poucos conhecem.
Quem transita pela rua Doutor Enéas de Carvalho Aguiar, por exemplo, nem imagina que, a poucos metros abaixo dali, passa um túnel, cuja função é de arrepiar: transportar cadáveres do Hospital das Clínicas para o Serviço de Verificação de Óbitos, no Instituto Médico Legal.
O caminho de aproximadamente 100 metros de comprimento é cheio de curvas e desníveis. Duas auxiliares de enfermagem acompanham o deslocamento de cerca de 12 corpos por dia.
Anônimos são transportados pelo túnel, mas o espaço também já ajudou a dar privacidade às famílias de Raul Seixas e Elis Regina quando os músicos morreram.
No ano passado, 2.571 corpos passaram por lá, média de sete por dia. A essa atividade se juntaram a umidade das paredes e os ruídos dos elevadores para criar nesse subterrâneo a fama de ser mal-assombrado.
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