Movimento já tem apoio de mais de 100 empresas. Entidades tentam nova liminar no TJ-SP contra Doria
Donos de pelo menos 100 empresas de Marília, principalmente dos segmentos de restaurantes e hoteis estão mobilizados para reabrir suas portas a partir do próximo dia primeiro de junho, mesmo se o governador João Doria decidir pela prorrogação, mais uma vez, da quarentena.
Os empresários explicam que a medida será tomada por questões financeiras e sem nenhum envolvimento político. O motivo é simples: dia 31 vence o prazo do acordo feito com o governo para reduzir jornadas e salários ou suspender contratos por dois meses e não há nenhuma mobilização de que este prazo será prorrogado.
A maioria das empresas do ramo alimentício optou pelo delivery ou drive thru. Mas, existem algumas que fecharam totalmente pelos dois meses.
"Para piorar, os funcionários voltam ao trabalho no final do mês e, pelo acordo, as empresas se comprometeram a não demitir por mais dois meses. Se a quarentena continuar, eles vão ficar nas empresas sem fazer nada e nós ficamos pagando as despesas", observou um empresário que é dono de um tradicional restaurante e de mais duas empresas na cidade.
Em Marília ocorreram casos de empresas (restaurantes e até um hotel) que decidiram fechar completamente as portas pelo prazo de 60 dias (nesse acordo) e agora vão reabrir sem perspectivas de faturamento.
Abrir de qualquer jeito
O Visão Notícias apurou que os mais de 100 empresários pretendem reabrir mesmo com o risco de sofrerem multas ou até prisão. Mas, logicamente pretendem seguir todas as normas de segurança, ou seja, quantidade máxima de clientes e uso dos equipamentos de proteção pelos funcionários e clientes.
"Temos exemplos de cidades do Paraná, como Londrina e Maringá, que reabriram o comércio e, com essas medidas de segurança, o número de casos do novo coronavírus não aumentou", observou o empresário. O mesmo aconteceu em em Tupã, cidade que conseguiu liminar no Tribunal de Justiça para reabertura do comércio e demais setores da economia.
Ação judicial
Dois sindicatos (Comércio Varejista de Marília e dos Hotéis, Bares e Restaurantes) e a Associação Comercial e Industrial de Marília protocolaram no Tribunal de Justiça de São Paulo um mandado de segurança contra o governador João Doria para flexibilizar a quarentena e ampliar lista de empresas abertas na cidade.

Decreto de prorrogação da quarentena, do governador Doria, será novamente questionado na justiça.
O mandado de segurança foi direcionado ao desembargador Jacob Valente, do Órgão Especial do TJ, que concedeu as liminares para abertura de empresas em Tupã e Bastos.
A ação aponta a indicação por prevenção, situação em que magistrados respondem por processos com causas e pedidos similares.
As três entidades pedem liminar para suspender o decreto estadual de quarentena na cidade e acompanhar diretrizes traçadas no Boletim Epidemiológico 07, do Ministério da Saúde, com reabertura do comércio.
A ação lista uma série de medidas de prevenção a serem adotadas com a reabertura, que incluem isolamento social para os grupos de risco (idosos e portadores de doenças pré-existentes mediante apresentação de atestados); estímulo a manutenção em home office de todas as atividades compatíveis.
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