Homenagens às vítimas marcam tragédia no Oceano Pacífico

Terremoto seguindo por onda gigante deixou cerca de 230 mil mortos em 14 países, incluindo Indonésia, Tailância e Sri Lanka. Celebrações têm participação de famílias das vítimas e sobreviventes da tragédia.

Milhares de pessoas participaram na Indonésia de homenagem às vítimas do tsunami que há dez anos causou cerca de 230 mil mortos no oceano Índico, abrindo as cerimônias realizadas em toda a região.

Familiares das vítimas e sobreviventes se reuniram na mesquita de Baiturrahman, em Banda Aceh, capital da região de Aceh, no norte da ilha de Samatra, a zona mais afetada, com cerca de 170 mil mortos.

O governador de Aceh, Zaini Abdullah, agradeceu aos participantes, tanto locais como estrangeiros. "O tsunami causou uma profunda dor ao povo de Aceh pela perda de entes queridos. A simpatia do povo da Indonésia e da comunidade internacional ajudou nossa recuperação", ressaltou Zaini.

As cerimônias que lembraram os dez anos do tsunami em Aceh incluem exposições fotográficas no Museu do Tsunami e mostras de artesanto.

Elas terminam no sábado com uma corrida de dez quilômetros ao longo das zonas mais afetadas da região.

O tsunami também foi recordado em outros dos 14 países onde o desastre causou vítimas mortais, como na Tailândia.

Um pastor luterano alemão rezou na praia com mais de 100 famílias das vítimas e de sobreviventes. "Muitas feridas cicatrizaram, mas ainda existem muitas abertas", frisou o pastor Uwe Rieske.

O tsunami causou cerca de oito mil mortos na Tailândia, mais de mil deles eram turistas estrangeiros, dos quais, cerca de 100 eram alemães.

Outras cerimônias também foram agendadas na Índia e Sri Lanka que, juntamente com a Indonésia e Tailândia, foram os mais afetados em número de mortos.

Mãe e filha: homenagem após a tragédia que arrasou a região.

NOME NA FILHA - Em meio a tanta destruição, uma mulher decidiu lembrar a data batizando o nome da filha de "Tsunami". Ela estava grávida de oito meses quando ocorreu a tragédia.

"Eu vi um pequeno menino de três anos pedindo ajuda, mas não consegui alcançá-lo. Havia nove mulheres grávidas no vilarejo, mas só a minha filha sobreviveu. Dei a ela o nome de Tsunami. Tsunami me salvou. Sem ela, eu não teria sobrevivido", relata a mãe, Od Judet