Tráfico de influências: sobrinho de Lula é detido pela PF

Investigação quer saber se o ex-presidente recebeu vantagens econômicas indevida
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Os mandados da Operação Janus, deflagrada nesta sexta-feira pela Polícia Federal, têm como objetivo investigar se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva praticou tráfico internacional de influência a favor da Construtora Norberto Odebrecht. O petista não foi alvo dos mandados, mas Taiguara Rodrigues, amigo de seu filho e sobrinho da sua primeira mulher, foi conduzido coerticivamente em Santos para prestar depoimento.

Em Santos, os policiais cumprem as demais ordens do juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney Oliveira: quatro mandados de busca, dois de condução, cinco de intimação e quebras de sigilos bancários, fiscais e de dados telemáticos, como mensagens de celular e email, de nove investigados.

A apuração mais ampla da Procuradoria da República no Distrito Federal quer saber "se o ex-presidente recebeu vantagens econômicas indevidas para influenciar agentes públicos estrangeiros notadamente na República Dominicana, Cuba e Angola." Outra linha é checar se ele facilitou ou apressou procedimentos de financiamentos da Odebrecht no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Também são analisadas possíveis irregularidades em outros financiamentos do BNDES para a empreiteira no exterior, como o Porto de Mariel, em Cuba, do Metrô de Caracas, na Venezuela, e obras no Panamá. a conexão Lula-Taiguara é considerada uma das mais promissoras para os investigadores tentarem confirmar essas suspeitas. O ex-presidente é mencionado no inquérito do chamado "sobrinho de Lula". Taiguara rejeita esse rótulo.

O Institulo Lula ainda não prestou esclarecimentos. Mas, a entidade já negou que o petista tenha interferido em negócios no BNDES ou feito lobby em favor da Odebrecht no exterior.

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