Trabalho escravo: empresário é preso

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Operação ocorreu durante dois dias. Flagrante foi em carvoaria onde trabalhava casal em péssimas condições

 

Um empresário foi preso em flagrante nesta tarde, na Polícia Federal em Marília, acusado do crime de trabalho escravo. Ele mantinha um casal em condições degradantes numa carvoaria em Bastos (107 Km de Marília).

 

É mais um resultado da operação "Brasa Acesa/2014" realizada pelo Ministério Público do Trabalho de Bauru e da Polícia Rodoviária Federal de Marília.

 

A operação foi realizada durante dois dias, percorrendo carvoarias na região de Tupã. Hoje (26), ao inspecionarem as condições de uma fábrica artesanal em Bastos, foi constadado um dos casos mais graves deste ano.

 

Um casal era mantido há quatro meses numa chácara trabalhando com uma série de irregularidades: desde falta de registro (recebiam como diaristas), sem equipamentos de proteção,  de primeiros socorros, de descanso e até mesmo água eles tinham que se utilizar de um riacho.

 

Córrego onde o empregado conseguia água para beber.

 

ESCONDIDOS - O Procurador do Trabalho, Marcus Vinicius Gonçalves, disse ao portal Visão Notícias.com, no começo desta noite (26), que quando a equipe de fiscalização chegou, os trabalhadores foram escondidos numa plantação de tomate. Ele estava acompanhado do outro Procurador, Luis Henrique Rafael.

 

O proprietário, Wanderson Francisdo do Amaral tentou alegar que trabalhava sozinho na carvoaria. Mas, como estava com a roupa limpa, logo foi desmascarado. Os inspetores da Polícia Rodoviária Federal localizaram o casal escondido. Eles confirmaram que trabalhavam naquelas condições degradantes, informou o inspetor Bruno Bernardo.

 

Diante disso, Walderson -- completou 36 anos ontem --foi autuado em flagrante na Polícia Federal em Marília pelo crime de trabalho degradante (previsto no Código Penal)  e encaminhado à penitenciária local.

 

Procuradores e inspetores conversam com a vítima de trabalho escravo.

 

PENALIDADES -  Como o empresário mantinha a carvoaria há cerca de quatro anos e neste período não há registro de funcionários, o Ministério Público do Trabalho acredita que vários outros trabalhadores também foram mantidos alí nas mesmas condições.

 

O Procurador disse que vai pedir à Justiça uma indenização por dano moral coletivo qye deve chegar a R$ 500 mil. Além disso, os trabalhadores deverão receber indenizações.

 

As equipes, já na sede da PF em Marília, preparam relatórios após o flagrante por trabalho escravo.

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