Os moradores do jardim Flamingo, zona Oeste da cidade, decidiram trocar o descanso do feriado de carnaval por um mutirão de limpeza. Eles percorreram o bairro para recolher objetos de poderiam se transformar em criadouros do mosquito Aedes agypti, transmissor da dengue.

Em fotos publicadas no grupo do Facebook, eles mostram os resultados: em poucas horas vários sacos de lixo ficaram cheios e até objetos já ficaram empilhados nas calçadas, aguardando o recolhimento que vai ocorrer durante o projeto "Cidade Limpa", que começa na próxima segunda (23), numa parceria entre a Prefeitura e a TV TEM.

Nem a chuva, que caiu durante boa parte desta manhã, desanimou os moradores, inclusive mulheres e crianças. Não foi difícil encontrar objetos que poderiam se transformar em criadouros do mosquito transmissor da dengue, tanto em terrenos baldios como também nas próprias casas.

O mutirão antecipa ao que a Prefeitura vai realizar em parcereria com a TV TEM: o projeto "Cidade Limpa" que vai percorrer todos os bairros da cidade na próxima semana (período de 23 a 27 de fevereiro), além, do trabalho de recolhimento de recipientes nos terrenos baldios que também começa no dia 23.

DOENÇA PREOCUPA - Até o momento, foram registrados 1.827 casos autóctones da doença em Marília. Uma série de ações já foram adotadas pela Prefeitura para eliminar os focos do mosquito e também tratamento das pessoas com dengue ou suspeitas.

Há uma semana está funcionando a Unidade de Apoio ao Tratamento da Dengue. Localizada anexa à UBS Cascata, na rua 9 de Julho, a unidade possui uma equipe técnica treinada e também toda estrutura necessária para os pacientes com dengue que procurarem as unidades de saúde e também os pronto-atendimentos, localizados nas zonas Norte e Sul da cidade.

Aklém disso, está sendo intensificada a fiscalização em imóveis fechados, abandonados ou em construção e que podem ter criadouros do mosquito transmissor da dengue. Até o momento, já foram efetuadas 98 notificações aos proprietários de imóveis com focos do mosquito na cidade.

MULTAS - A preocupação é grande porque 90% dos focos do mosquito transmissor da doença estão dentro das residências. E, como existem pessoas que não adotam medidas para eliminar esses criadouros, outra medida adotada é a aplicação de multas, que variam de R$ 180 a R$ 720,00.

No caso de imóveis fechados, cujos proprietários não são localizados, a penalidade vai de R$ 1 mil a R$ 5 mil.