TCE também fiscaliza merenda escolar em Marília

Tribunal de Contas: 88% das escolas não tem alvará da Anvisa. Em Marília fiscalização foi na ETEC
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Marília e outros nove municípios da região também foram incluídos na fiscalização feita pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em quase 200 escolas públicas de São Paulo para saber como anda a merenda. O balanço parcial, divulgado hoje (01) apontou que 88% delas não têm alvará da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no prazo de validade, assim como 92% não tem o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros atualizado.

A fiscalização foi feita tanto em escolas municipais como estaduais. No caso de Marília, a equipe do  TCE esteve visitando a escola estadual Antonio Devisate (ETEC). Mas, o resultado desta vistoria na cidade ainda não foi divulgado pelo órgão. Dos 10 municípios da regional de Marília, sete cidades tiveram fiscalização em escolas municipais e três em escolas estaduais (Marília, Assis e Santa Cruz do Rio Pardo).

Rede de esgoto no meio do refeitório de escola.

Nessas 200 escolas fiscalizadas estudam mais de 500 mil estudantes. Eles encontraram escorpião e até alimentos vencidos. O serviço de merendeiras é próprio em 65% das escolas e terceirizado em 28%.

Acesse o relatório, clicando AQUI.

Durante  a  fiscalização,  as  equipes  do  TCE  encontraram diversas  irregularidades  que  vão  desde  a  presença  de  escorpiões  na  cozinha, transbordamento  de  esgoto  no  refeitório,  produtos  com  validade  vencida,  profissionais sem uniforme ou equipamentos, mofo nas paredes e sujeira no chão, até ninho de pombos em local de armazenagem de alimentos.

Segundo o relatório, das 190 escolas fiscalizadas, 168 não tinham o alvará da Anvisa e 175 não tinham o alvará dos bombeiros. A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo diz que não teve acesso ao relatório do TCE e que mantém constantes fiscalizações nas unidades.

O TCE aponta ainda que 92,5% das escolas fiscalizadas têm Conselho de Alimentação Escolar, mas em apenas 48,5% o conselho fiscaliza as condições da merenda. Segundo o relatório, em uma a cada três escolas fiscalizadas as merendeiras não estavam vestidas adequadamente, com avental, touca, luvas e sapatos antiderrapantes.

PERIGO - Um escorpião foi encontrado no meio dos alimentos na Escola Municipal Adalberto Christo das Dores, em Itapetininga, no interior de São Paulo. Na cozinha da Escola Municipal Professor Florestan Fernandes, em Diadema, no ABC paulista, as merendeiras preparavam os alimentos sem as luvas.

Na ETEC Paulinho Botelho, em São Carlos, tinha um pombo na despensa da escola técnica, onde os alimentos são estocados. Não foi o único problema. Na Escola Estadual Dona Maria Carolina de Lima, em Nuporanga, no interior, o teto estava totalmente mofado. Segundo a secretaria, o mofo foi causado por um problema na calha que está sendo solucionado.

Veja a relação das cidades fiscalizadas:

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