Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo, incluindo liderança sindical de Marília, anunciaram para a próxima segunda-feira (20) greve por tempo indeterminado no sistema prisional. A categoria reivindica o pagamento de um bônus de gratificação pelo governo paulista e o arquivamento de 32 PADs (Processo Administrativo Disciplinar) contra servidores que participaram da paralisação de 2014. 

Somente no regime fechado da Penitenciária de Marília, trabalham 170 agentes. A categoria também está presente no CR (Centro de Ressocialização) e Anexo Semiaberto.

Se não houver acordo, as visitas aos presos serão suspensas e não haverá entrada ou saída de viaturas das unidades prisionais. Também poderão ser prejudicados os cumprimentos de determinações judiciais. 

A afirmação é de Luciano Novaes Carneiro, diretor administrativo da regional Marília do Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo). Segundo ele, trata-se da retomada da greve do ano passado, devido ao descumprimento parcial do governo do Estado da negociação assinada em março, para colocar fim as manifestações da época.

No acordo estavam previstos o pagamento dos dias em greve, reajuste salarial entre 2,6 a 11,9% (de acordo com a classificação), não punição dos grevistas que exerceram o direito de greve dentro da lei, entre outros itens. 

A base regional do sindicato não faz estimativas sobre a adesão dos trabalhadores em Marília. O sindicalista esclarece que os serviços essenciais aos presos, como alimentação e acesso à saúde serão mantidos, mas sem agentes em todos os postos, os presos podem sofrer restrições de circulação na unidade.

Diário de Marília