Sem a morte de secretária-executiva, fraude na Apae de Bauru continuaria, diz polícia

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Não fosse o desaparecimento da secretária-executiva da Apae de Bauru, Claudia Lobo, que teria sido assassinada pelo presidente da entidade Roberto Franceschetti (conforme inquérito da Polícia Civil), as fraudes contábeis e financeiras na entidade poderiam se perpetuar.

A avaliação é do delegado Glaucio Stocco (foto a direita), titular do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold). Ele comandou a operação que resultou na prisão de oito pessoas suspeitas de envolvimento no esquema de desvio de dinheiro da APAE.

Entre os presos, estão a filha, irmã, cunhado e ex-marido de Cláudia. A Polícia Civil identificou ao menos R$ 6,8 milhões em movimentações suspeitas.

Como foi a descoberta da fraude

Segundo o delegado, as investigações do Seccold começaram a partir da análise de planilhas do computador de Claudia Lobo (foto). “Muitas pastas foram colocadas na lixeira e, depois, excluídas de lá dois dias depois do desaparecimento dela (6 de agosto). Mas conseguimos recuperar esses arquivos”, frisou o delegado.

O ex-presidente da Apae Roberto Franceschetti Filho é acusado de desviar cerca de R$ 5,8 milhões da entidade, em cinco anos. Já a secretária-executiva, Claudia Lobo, teria retirado R$ 1,8 milhão dos cofres da associação, no mesmo período.

Os desvios aconteciam por meio também de contratos superfaturados, transferências bancárias irregulares e adiantamentos financeiros frequentes. A Justiça determinou o bloqueio de bens de 18 pessoas físicas e jurídicas para garantir a recuperação de valores desviados.

Motivo do crime

A investigação da Polícia Civil concluiu que havia uma disputa de poder entre o ex-presidente da Apae e a secretária executiva. Segundo o delegado, Roberto era, na verdade, subordinado a Cláudia. Supõe-se que ela teria colocado o suspeito na presidência da entidade e, depois, ele quis se desvincular dela, o que motivou o assassinato.

O que diz a Apae?

Em nota, a Apae Bauru disse “que todos os depoimentos da sindicância foram entregues para a Polícia Civil, acreditando que as informações oferecidas auxiliaram no embasamento das decisões tomadas."

Ainda na nota, a Apae Bauru disse que "aguarda o acesso ao inquérito para definir as providências a serem tomadas, além de estar implantando administrativamente as medidas corretivas.” Com informações e fotos: JC Net e G-1

 
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