Ele poderá conseguir liberdade em abril, após cumprir 16 anos de pena pelo assassinato da filha.
Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella, poderá sair da prisão a partir de abril deste ano, após cumprir 16 anos de pena. Ao saber dessa possibilidade, a mãe da menina, Ana Carolina Oliveira, afirmou que considera isso uma ofensa à memória de sua filha.
"Eu me sinto ofendida como mãe e até em memória da minha filha, porque a gente não espera. Quer dizer, a gente sabe que vai acontecer, mas não espera que isso aconteça", revelou durante a entrevista ao programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo.
Nardoni está preso desde 2008, época em que ocorreu o crime. Ele foi condenado a 31 anos e 1 mês de prisão. Mas, conseguiu reduzir sua pena em dois anos e nove meses por trabalhos realizados no sistema prisional. Atualmente, ele está em regime semiaberto na Penitenciária de Tremembé.
De acordo com o colunista do jornal O Globo, Ancelmo Gois, Nardoni pode estar com os dias contados na prisão, já que a sua ficha penal prevê a progressão em 6 de abril de 2024. O pai de Isabella terá somente que cumprir o recolhimento noturno em casa, ou seja, das 22h às 6h.
Além do pai de Isabella, a madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, foi condenada a cerca de 26 anos de prisão pelo homicídio. Mas, há quase nove meses ela está em regime aberto, tendo uma vida sem restrições, inclusive podendo viajar com os filhos.
Como foi o crime
O crime que vitimou Isabella, de 5 anos, ocorreu em 29 de março de 2008, quando ela foi jogada da janela do apartamento do pai, Alexandre Nardoni, no Edifício London, na Zona Norte de São Paulo.
Ela passava o final de semana com ele, a madrasta, e os dois meio-irmãos, na época com 1 e 3 anos de idade. Todos estavam em casa no momento do crime.
Alexandre e Anna Carolina alegaram inicialmente que um ladrão invadiu o apartamento, cortou a tela de proteção de um dos quartos e atirou Isabella pela janela.
Porém, as investigações concluíram que Isabella foi asfixiada pela madrasta e depois lançada do sexto andar pelo pai. Isabella ainda estava viva quando foi arremessada do sexto andar.
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