Setembro é amarelo, outubro é rosa, novembro é azul, dezembro é laranja, mas também vermelho. Calendário promove os chamados meses de conscientização de doenças.
Mas nem tudo por trás das campanhas, em sua maioria apoiadas por farmacêuticas, é cor-de-rosa. As ações nem sempre se traduzem em mais saúde e, para especialistas, podem levar a consultas e exames desnecessários.
O mais famoso dos meses coloridos, o Outubro Rosa, foi criado há mais de 20 anos e envolvia a distribuição de laços rosas como forma de alertar sobre o câncer de mama, o mais comum entre as mulheres depois do câncer de pele.
O mesmo mês de outubro é também de conscientização da artrite reumatoide.
Já a cor de setembro, o amarelo, faz referência ao suicídio. Em 2016, a taxa de mortalidade por suicídio no Brasil foi 5,8 casos a cada 100 mil habitantes. Para comparação, em 2007, esse índice era de 4,9 mortes a cada 100 mil habitantes -um aumento de 18%.
Para chamar mais atenção, vários monumentos icônicos do país são iluminados com a cor amarela neste mês.
Em 2019, janeiro começará com o verde, para a campanha de conscientização sobre o câncer de colo de útero; em fevereiro, o laranja lembra a leucemia e o roxo, a fibromialgia, o alzheimer e o lúpus. E assim por diante.
No mês de novembro, duas doenças brigam pelo mês e pela cor azul: o câncer de próstata e o diabetes.
Historicamente, o Dia Internacional do Diabetes -celebrado em 14 de novembro- é mais antigo, de 1991, e sua criação contou com o respaldo da OMS (Organização Mundial da Saúde).
A ideia de alargar o período de conscientização diabetes de um dia para um mês inteiro nasceu em 2009, no ABC paulista, relata Márcio Krakauer, da Sociedade Brasileira de Diabetes. Nascia aí um Novembro Azul.
Em 2004, surgiu então o Moustache November (Movember), ou "novembro de bigode", para levantar fundos contra o câncer de próstata na Austrália.
Tentando repetir o sucesso do Outubro Rosa e do Novembro Azul, outros meses coloridos surgiram, como o Setembro Verde, que incentiva a doação de órgãos, o Dezembro Laranja, do câncer de pele, e o Junho Vermelho, da doação de sangue.
Especialistas lembram que muitas dessas campanhas incentivam a realização de exames.
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