Escolhido para ser o sucessor do prefeito Daniel Alonso pelo grupo situacionista, o advogado e professor Ricardinho Mustafá (PL) é o terceiro candidato a prefeito de Marília a passar pela sabatina de perguntas do portal Visão Notícias, voltadas principalmente às suas propostas sobre os temas mais importantes envolvendo a população mariliense.
"Aqui é uma campanha da verdade contra a campanha da mentira", disparou Ricardinho Mustafá sobre os ataques que vem recebendo. Garante que tem a melhor proposta de governo para Marília e, segundo ele, as pessoas entendem isso quando conversam pessoalmente. "Marília não vai voltar para trás, vai continuar crescendo", enfatizou.
Quem é Ricardinho Mustafá?
Com 48 anos de idade, Ricardo Mustafá, é casado, cristão, pai do Benício com um ano e oito meses, e da Alicinha (in memoriam). Advogado de profissão, formado pelo Univem, é mestre especialista em Direito Ambiental.
Na carreira pública, foi candidato a vereador por duas vezes (2012 e 2016), sem ser eleito. Fazendo parte do governo Daniel, ocupou secretarias estratégicas, começando pela do do Meio Ambiente, na época em que a cidade enfrentava um caos do lixo que a administração herdou. Ocupou o cargo de Assuntos Estratégicos, Administração, Saúde e terminou como Procurador Geral do Município.
"Conheço a máquina pública, sei como é que funciona. Passei pelas principais secretarias da cidade. Então eu tenho certeza que isso me trouxe uma bagagem, uma experiência para disputar o pleito", afirmou Ricardinho. Ele garante que é o candidato escolhido pelo ex-presidente Bolsonaro para Marília (foto).
O que levou você a ser candidato a prefeito?
Eu sempre tive vontade de ser candidato a prefeito, sempre gostei da política porque eu enxergo a política uma forma de ajudar as pessoas. Não sou político profissional, não dependo da política para viver e estou disponibilizando o meu tempo mesmo, um pouco do que eu posso contribuir com a nossa cidade.

Eu era uma pessoa que sempre criticava (a política).... bem lá atrás...antes de entrar para a gestão pública. Eu falava 'Marília é isso, Marília aquilo, Marília tá ruim nisso, Marília tá ruim naquilo'. Aí um dia veio um estalo: 'ué? O que que você tá fazendo? O que você faz da sua vida para ajudar a cidade ou de alguma forma contribuir para melhoria da cidade?' Aí eu falei 'pô, eu não faço nada, não participo de entidade, não ajuda nada... achei que estava na hora de eu parar de reclamar e contribuir com um pouquinho do meu tempo para nossa cidade. Agora, uma vez eleito, com certeza, vamos ser eleito, nós vamos poder contribuir muito com a cidade.
A questão da saúde. Quais são as suas propostas?
Uma das principais propostas é a construção de um centro de diagnóstico municipal. Existem algumas reclamações de filas, exames e filas de cirurgias que as pessoas estão há algum tempo aguardando ser um exame, aguardando uma cirurgia.
Ricardinho foi secretário municipal da Saúde.
Então, qual é a nossa proposta, com a criação desse centro de diagnóstico? A pessoa, sai da nossa unidade de saúde, vai direto para esse lugar para fazer, por exemplo, uma ressonância, um ultrassom. Se o caso for de ortopedista, por exemplo, para você também não ficar esperando o ortopedista ela sai de lá, faz a ressonância, a ressonância e já é encaminhado para ortopedista. Assim a gente consegue diminuir as duas pontas: tanto do exame como do atendimento por um especialista.
Nós vamos trazer, com a parceria, porque é um sonho da cidade de Marília também e que vai ajudar muito a diminuir as filas que é o AME (Ambulatório Médico de Especialidades). Eu acho que já poderia estar aqui. Não está por forças contrárias. Qual era o papel da prefeitura em relação a instalação do AME (é um órgão estadual)? Era doar a área e já tinha sido aprovada a área pela Secretaria de Saúde. Aí eu deixo para você perguntar porque que não veio para Marília, tá? O papel da Prefeitura era da área, foi aprovada pela Secretaria da Saúde e o AME não veio até hoje. Então, uma vez eleito essa parceria forte, nós temos o governador, a gente vai conseguir de uma vez por todas, trazer o homem para a nossa cidade.
Quanto a Educação, quais são as suas propostas?
Marília é a segunda do Estado entre cidades de 200 a 500 mil habitantes. A nota da de Marília, agora recente no IDEB, foi sete. A média do Estado todo é seis. Marília tirou sete. Então, falar de educação é simples. Educação de Marília é de qualidade. E nós vamos melhorar cada vez mais.
Eu já identifiquei algumas regiões que precisam de mais escolas, principalmente de tempo integral. É uma demanda que a gente tem encontrado nas regiões que tem passado. Quero, também, estender o horário para os pais buscarem suas crianças na escola ou na creche, porque às vezes muitos dos pais estão trabalhando e não tem condições de buscar seus filhos até às cinco de meia da tarde. Então, nós vamos estender esse horário para que os pais possam buscar com tranquilidade as suas a suas crianças.
Marília hoje está com 100% de crianças entre quatro a oito anos matriculadas. A gente vai construir mais creches. Tem uma demanda de creche. 'Ah, mas pessoal não tá na escola, não tá na escola porque não quer. Ele não põe a escola porque acha que a escola é longe da casa dele e a pessoa não faz a matrícula'. Mas nós estamos com 100% de entre crianças de quatro a oito anos matriculadas.
Eu quero contratar servidores com dedicação exclusiva para aquelas crianças que tem alguma necessidade especial. A gente quer alguém, uma classe ou se tem alguma classe que precisa desse atendimento especial. Quero ter uma pessoa com dedicação exclusiva só para cuidar dessa criança.
No esporte, quais suas propostas?
A sorte de Marília é que vai ter um prefeito que gosta de jogar bola, que gosta de esporte. Nós vamos revitalizar aqueles poliesportivos que a gente consegue revitalizar. Mas, tem uns que vamos ter que demolir, já fiz esse levantamento e alguns precisam ser demolidos e outros podem ser vitalizados.
Nós vamos apoiar bastante esses esportes, principalmente a várzea. Acho que ficou um pouco abandonada esse tempo e, como não gosto de futebol, eu vou dar uma atenção especial para a várzea. Eu penso em criar uma pista de atletismo, para a gente valorizar os atletas. Os atletas de Marília vem para cá e vão embora para outros lugares. Então, a gente quer valorizar esses atletas de Marília.
Mobilidade urbana que envolve transporte, asfalto, tudo que envolve essa área mesmo. Quais suas propostas?
A gente precisa fazer algumas interligações. Como é o caso da zona leste, a Brigadeiro Eduardo Gomes, que precisa ser desafogada, está saturada. A gente precisa fazer uma interligação lá da Avenida Cascata, por trás do aeroporto. É importante ligar o Jardim Acapulco até a via expressa. Nosso objetivo é tirar as pessoas da rodovia do Contorno, para reduzir os acidentes e também ligar o Cavalari com o Flamingo.
Precisamos também conversar com as empresas de ônibus, melhorar o transporte público porque tem muita reclamação a respeito da qualidade dos ônibus. Pensando na sustentabilidade, trazer Ônibus eletrificados, acho que é importante para nossa cidade pensar um pouquinhoquinho lá adiante, né? Implantar alguns corredores de ônibus, dependendo das vias,; implantação de mais ciclovias, aumentando as que já foram feitas.
Quanto ao asfalto é preciso começar de fora para dentro, das periferias para o centro, dar prioridade aos locais com maior necessidade.
Quanto a questão dos radares, qual é o seu posicionamento?
Nós fizemos um levantamento técnico, não existe 'radar pegadinha'. Radar pegadinha são aqueles móveis que ficam escondidos. Tem alguns pontos que eu não concordo. Onde que eu gostaria que tivesse radar, principalmente: em frente de escola, em frente de hospital.
De 2015 para cá, segundo dados do Infosiga, as mortes na cidade de Marília caíram no trânsito, caíram de 33 para seis. Vou dar um exemplo: na Esmeralda, acidentes não fatais reduziu em quase 90%, depois colocou o radar. Eu só não concordo com o radar em alguns pontos que nós vamos levantar depois de todo esse estudo técnico. Tem pontos críticos que precisa tomar cuidado. Mas, só para você ter uma ideia: foi o Vinícius que implantou o radar.
A lei do Radar foi na gestão do Vinícius. Ele ia colocar mais de 120 radares, Marília hoje tem 20. Só para você ter uma noção de comparativo, tá? Então, assim, nós vamos rever. Mas a gente vai fazer um estudo técnico, tudo técnico. Não é simplesmente colocar radar para, como dizem aí, para aplicar multa.
Ricardinho, fale sobre a questão da água e esgoto, o abastecimento de Marília
Para resolver o problema da água em Marília hoje, além dos investimentos, é preciso fazer as interligações porque você deve ter visto: a pessoa reclama, que não tem água na minha rua, mas, tem na rua do lado. Por quê? Porque não está interligado. Precisa fazer essas interligações. Precisa tocar a rede pluvial? A gente tem cano de amianto ainda um material que já foi proibido. Então a gente precisa desse investimento para fazer tudo isso: trocar a rede, melhorar, modernizar.
Ricardinho e o prefeito Daniel, com respectivas esposas durante campanha eleitoral.
A solução de água para a Marília precisa a construção de mais poços profundos. Para você ter uma ideia, tudo o que envolve esse poço profundo com profundidade de 1.200 a 1.300 metros (inclusive reservatório) custa em torno de 20 milhões. A concessionária já vai começar de imediato iniciar a perfuração de dois poços profundos, um na zona norte e uma zona Sul. Esses poços profundos finalizados, vão aliviar em muito essa questão de falta d'água e vai dar fôlego para que a concessionária faça todas as interligações, os investimentos, a modernização da rede que precisa ser feita.
Infelizmente, hoje nós estamos passando uma crise hídrica no Estado de São Paulo inteiro. Não é só aqui em Marília, certo? Só que a população de Marília precisa entender: não existe racionamento de água. Bauru, por exemplo, tem racionamento, 53 municípios do Estado de São Paulo já decretaram estado de emergência. Em Marília, a gente tem falta de água, mas é pontual. Não chega a ser esse racionamento, como é feito todo dia nas outras cidades. Então, não tem racionamento, tem falta d'água. A concessionária, na minha visão, vai mudar esse cenário. Daqui a pouco ninguém vai mais falar de falta d'água.
Questão do emprego, quais as suas propostas?
Um dos principais projetos que eu tenho para fomentar e criar emprego é o Coworking Municipal. O que é o coworking municipal? Todo mundo sabe que quando você está começando um negócio é difícil ter ter um espaço próprio, uma secretária, uma sala com ar condicionado para você atender seus clientes, para você fomentar seus negócios.
Como é que vai funcionar esse Coworking Municipal? De forma gratuita, vai ser ali no espaço cultural em frente da Unimed(av. Sampaio Vidal), para as pessoas que querem empreender, que estão começando o seu negócio, que tem um espaço para atender seus clientes, tem internet de forma gratuita, uma sala com ar condicionado. Não tem condição de contratar uma sala? Vai para lá, vai utilizar o coworking, vai utilizar o espaço? Vai precisar atender o cliente, vai ter uma sala específica, vai receber tudo isso de forma gratuita. E aí a pessoa começa a dar o primeiro passo para ter o seu próprio negócio, para ver se o negócio crescer.
Temos que fazer parcerias com o próprio, o próprio SEBRAE que tem vários cursos de capacitação das pessoas. Nós vamos fortalecer essas parcerias, para capacitar. Tem muita gente que tem uma ideia, mas não consegue desenvolver. Vamos fortalecer isso aí com o Sebrae. Então a gente vai ajudar de alguma forma as pessoas que querem ter seu próprio negócio. Tem o Banco do Povo até financeiramente.
Vamos fortalecer as empresas que tem aqui em Marília para gerar novos empregos. Vamos trazer as empresas para cá, vamos dar incentivo para as empresas. Não vamos deixar a empresa ir embora mais daqui, não.
A última pergunta: qual a sua mensagem ao eleitor nessa reta final, vamos dizer assim, de campanha?
Eu tenho andado muito nessa cidade? Muito, muito, muito, muito certo. Tenho percebido que as pessoas quando me conhecem, conversam comigo, sabem que aqui é campanha da verdade contra a campanha da mentira As pessoas entendem que nós temos a melhor proposta. As pessoas entendem que eu não sou um político profissional. As pessoas acreditam, elas têm esperança de que Marília não vai voltar para trás. Marília vai continuar crescendo.
É uma mentira que Marília está abandonada, está quebrada, como fala a oposição. Quando você conversa com as pessoas, eu falo com o coração, eu falo com a verdade. Não visto uma roupa de político para agradar as pessoas para que elas votem em mim. Eu transmito para elas que eu sou uma pessoa séria, que eu vou ajudar nossa cidade a melhorar é continuar andando para frente. Eu não tenho dúvida disso.
A pesquisa Para mim, o que vale é o que eu estou sentindo na rua, é aquela no dia 6 de outubro, às oito da noite. Eu enxergo isso todo dia, mentalizo isso. A gente acompanha no site do UOL, vai estar lá: Ricardo Mustafá vai estar lá na frente, eleito. A nossa campanha é a que mais cresceu, cresceu 10 pontos. Quem conhece, vota Ricardinho. Quem compara, vota Ricardinho. Não tem dúvida disso.
Ricardinho Mustafá faz um balanço da entrevista:
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