A região de Marília conta atualmente com apenas seis delegados para atender as 14 unidades da região. Este é o retrato que ocorre em praticamente todo o Estado. O
resultado é uma sobrecarga de trabalho e ao mesmo tempo demora no atendimento de ocorrências, principalmente em casos de flagrante.
Oriente é uma das cidades que não têm delegado.
A informação foi obtida junto a uma fonte junto à Delegacia Seccional de Marília, embora oficialmente não sejam divulgados mais detalhes principalmente por questões de segurança. O Visão Notícias constatou que a falta de delegados ocorre principalmente em cidades menores, como Oriente, Oscar Bressane e Alvinlândia.
Os delegados que ficam mais próximos (como Pompeia e Garça, por exemplo), têm que "socorrer" em casos de flagrantes e também dar expediente, como assinatura em inquéritos e depoimentos. Na "prática" o trabalho é feito principalmente pelos escrivães, investigadores e demais funcionários de apoio de cada unidade policial.
SITUAÇÃO NO ESTADO - O que ocorre em Marília é o retrato do Estado de São Paulo. Segundo reportagem do "Estadão", dos 645 municípios paulistas, 256 não têm delegado titular. No interior, delegados são responsáveis por até quatro municípios simultaneamente e convivem com a falta de investigadores e escrivães. Os dados são do Sindicato dos Delegados do Estado de São Paulo (Sindpesp), que afirma que a Polícia Civil, hoje com 26 mil agentes e déficit de 9 mil cargos, passa por um processo de “sucateamento”.
Uma semana após o jornal ter questionado a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo sobre os dados, o secretário Mágino Alves se reuniu nesta quarta-feira, 1º, com representantes do sindicato e prometeu estudar a possibilidade de contratar os cerca de 2,3 mil policiais que passaram nos concursos e não foram convocados e de reajustar os salários no meio do ano.
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