Um rapaz de 22 anos, armado com simulacros de arma, facas e artefato explosivo, foi baleado após invadir uma base da Polícia Militar em Bauru. Segundo a ex-namorada, ele participava de grupos com apologia ao terrorismo e enviou mensagens de despedida momentos antes da ação. Baleado 12 vezes, está internado na UTI.

O caso ocorreu no final da tarde deste domingo (22), na Base Oeste da Polícia Militar. Uma policial atendia uma vítima de furto de celular quando viu um homem entrar no imóvel com o rosto coberto por uma espécie de balaclava e uma mochila nas costas apontar um arma em sua direção. Ela efetuou três disparos, que não o acertaram. A policial, então, solicitou apoio via rádio, assim como a equipe que estava na cozinha da base.

Mochila que o rapaz usava ao invadir a base da PM.

Depois dos tiros, o rapaz se abrigou do lado externo do prédio, em meio às viaturas. Quando a equipe de apoio o identificou com uma arma na mão, dois policiais dispararam contra ele.

Foram 16 tiros cada um, utilizando pistolas calibre .40, sendo atingido 12 vezes: três no peito, três no braço esquerdo, dois no braço direito, dois na perna esquerda e mais dois na perna direita.

Ele foi socorrido com vida pelo Samu e levado ao Pronto-Socorro Central (PSC), sendo posteriormente transferido para o Hospital de Base, onde permanece na UTI.

Veja as imagens do momento em que o rapaz é baleado clicando AQUI.

Atentado no dia do aniversário

De acordo com a ex-namorada, o rapaz teria escolhido o próprio aniversário para cometer o atentado. A mulher relatou ainda que o jovem havia dito que queria fazer algo "para ser reconhecido mundialmente".

Consta no registro policial que o rapaz possui diagnóstico de esquizofrenia e transtorno de ansiedade generalizada, e era acompanhado pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do município.

Na mochila, foram encontrados duas facas, uma arma de choque e um explosivo falso. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que solicitou perícia e que o caso foi registrado como ameaça, legítima defesa e lesão corporal decorrente de intervenção policial.