A principal causa mencionada pelos entrevistados foi a financeira.
Em 2020, com então 15 anos de idade, a estudante do ensino médio Letícia de Araújo Alves Meira teve que tomar uma decisão difícil: considerada uma aluna aplicada, ela resolveu interromper os estudos. Moradora de Valparaíso de Goiás, a cerca de 40 quilômetros de Brasília, a adolescente sentia que não estava assimilando o conteúdo do 2º ano da rede pública de ensino.

Letícia é um exemplo dessa situação enfrentada pelos alunos, conforme demonstrado na pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) com 68.144 jovens de todo o país.
O estudo identificou que mais da metade (56%) dos jovens de 15 a 29 anos que estão atualmente afastados das aulas do ensino médio ou superior interromperam seus cursos durante a pandemia.
Além disso, quatro em cada 10 entrevistados admitiram ter pensado em desistir dos estudos devido aos impactos da covid-19 em suas rotinas.
No geral, contudo, pesam também as dificuldades de se organizar e de acompanhar as aulas remotamente – empecilho que afetou principalmente aos mais jovens (15 a 17 anos), que se queixaram de não aprender o suficiente ou de não gostarem dos conteúdos transmitidos.
Segundo o presidente do Conjuve, Marcus Barão, as consequências da pandemia para a formação dos jovens serão sentidas por algum tempo mesmo. O relatório completo da pesquisa pode ser consultado na página da plataforma Atlas da Juventude, na internet. Da Agência Brasil.
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