Expõe desvalorização do professor e reflete gargalos do ensino
Uma professora tentou o suicídio duas vezes (primeiro por ingestão de álcool de cozinha, depois por overdose de remédios) após 15 anos de aulas tumultuadas e sucessivas agressões (de ameaças de morte a empurrões e tapas na frente da turma). Reportagem da BBC Brasil sobre a violência contra professores.
A matéria foi elaborada após internautas como parte do projeto #salasocial que usa as redes sociais para obter conteúdo original e promover uma maior interação com o público.
Em posts no Clique Facebook e no Clique Twitter, leitores disseram que a educação deveria merecer mais atenção por parte dos candidatos a cargos públicos.
Numa dessas postagens, a BBC recebeu a seguinte mensagem: "Dou aula de porta aberta por medo do que os alunos p
ossam fazer. Não dá para ficar sozinha com eles", da professora Liz que dá aulas de inglês em dois colégios públicos da periferia de São Paulo. E ela acrescenta: "Me sentia feliz quando comecei a dar aulas. Hoje, só sinto peso, tristeza e dor".
TERAPIA - Segundo o psiquiatra Lenine da Costa Ribeiro, que há 25 anos faz sessões de terapia coletiva com educadores no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, o trauma após agressões é o principal motivo de licenças médicas, pânico e depressão entre professores. "Mais do que salários baixos ou falta de estrutura", ressalta.
O problema, de acordo com especialistas consultados pela BBC Brasil, seria resultado da desvalorização contínua do professor, do descompasso entre escolas e expectativas dos alunos e de episódios de violência familiar e nas comunidades.
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