Pressão para reabertura do comércio é cada vez maior em Marília e região

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Assunto será debatido na reunião do comitê Gestor. Prefeitura da capital "ensaia" prorrogar quarentena por mais 30 dias. Decisão do STF mantém Prefeituras sob obediência do Estado

Após mais de três semanas com as portas fechadas ou no máximo atendendo via "drive trhu" ou "delivery", os comerciantes de todo o Centro Oeste Paulista não suportam mais acumular os prejuízos com a quarentena determinada pelo governo do Estado que, a princípio, vai até o dia 22.

Mas, há o risco dessa medida ser prorrogada por mais 30 dias (até a primeira quinzena de maio) se o governador João Doria seguir a "pré-prorrogação" que foi determinada nesta semana pelo prefeito Bruno Covas, na capital paulista.

Em decreto publicado no Diário Oficial, ele determinou que aglomerações permanecerão proibidas nos prédios municipais por mais 30 dias, bem como a suspensão dos prazos de  processos e expedientes administrativos (a contar do dia 14 de abril).

Na prática, Bruno Covas "ensaia" manter proibido o funcionamento do comércio pelo mesmo período e pode ter o apoio do governador Doria, estendendo para todo o Estado.

Apenas com delivery ou "drive thru", comerciantes marilienses buscam saídas para poder vender. 

Decisão do STF

Hoje, criou-se uma grande expectativa em Marília de que a decisão do Supremo Tribunal Federal que, por unanimidade, entendeu que estados e municípios possuem autonomia para regulamentar as medidas de isolamento social.

Só que, além do decreto estadual ter força sobre todos os municípios paulistas, o prefeito Daniel Alonso lembrou nesta tarde que existe a decisão judicial que impõe multa de R$ 100 mil/dia se a Prefeitura não seguir as medidas anunciadas pelo governador Doria. A Procuradoria do Município não recorreu até agora dessa decisão.

Discussão no comitê

Mas, com as novas manifestações de comerciantes, realizadas nesta semana (carreata com buzinaço), pedindo a reabertura do comércio, o assunto deverá ser um dos temas principais da reunião nesta sexta-feira do Comitê Gestor de Combate ao Coronavírus.

A expectativa é de que novas medidas de "flexibilização" possam ser anunciadas. Mas, o prefeito Daniel Alonso (foto) deixou claro que qualquer medida precisa passar pelo aval do comitê.

Aliás, as próprias lideranças empresariais de Marília já estariam preparando um manifesto diretamente ao governador João Doria expondo a situação enfrentada pelos empresários.

A opinião é unânime: mesmo depois que as lojas reabrirem, o caos econômico já existe, ou seja, o movimento não voltará ao normal "do dia para noite" e os prejuízos poderão ser irreparáveis.

DesesperoEm Bauru, por exemplo, o Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) já anunciou que os comerciantes vão reabrir as portas depois do dia 23, mesmo que possa ocorrer uma nova prorrogação da quarentena. 

"Ninguém aguenta mais", desabafou o presidente da entidade, Walace Garroux Sampaio. Segundo ele, essa medida será tomada após ouvir os próprios empresários.

 

 

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