Penitenciárias da região de Marília estão recebendo parte dos presos que se rebelaram hoje de manhã no antigo Instituto Penal Agrícola (IPA) de Bauru. Há pouco,
chegaram internos na penitenciária de Álvaro de Carvalho, Piraju e há possibilidade de Marília também ser incluída. A assessoria de imprensa da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) já adiantou que não vai confirmar detalhes "por questões de segurança".
Presos que não fugiram ficam isolados.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, os internos colocaram fogo no setor de alojamentos do CPP-3 e o incêndio que começou a se espalhar pelo prédio, localizado no km 349 da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294 - Bauru-Marília). A SAP confirmou que 152 detentos fugiram durante o motim, mas já foram recapturados 95 homens. Há pouco (18h30), a SAP atualizou esse número: agora são 100 recapturados.
Há a informação de que empresas das imediações fecharam as portas. Lojas do Centro da cidade também começaram a fechar. Não há notícia sobre feridos. Teriam ocorrido assaltos (principalmente a veículos) durante a fuga dos presos.
Parte dos detentos serão levados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) I e II de Bauru, outros para presídios da região e cerca de 600 devem ficar na penitenciária. A maior parte cumpre pena por crimes relacionados ao tráfico de drogas, mas também há condenados por homicídio, roubo e furto.
TRANSFERÊNCIA - Dezenas de internautas enviaram mensagens ao portal Visão Notícias preocupados com o risco de rebeliões também em Marília e região. Com a movimentação de viaturas da SAP pelos presídios, o desencontro de informações foi ainda maior. Mas, segundo o comando da Polícia Militar não foi registrado nenhum incidente.
A penitenciária de Álvaro de Carvalho está recebendo uma parcela dos presos do Centro de Progressão Penitenciária de Bauru. A quantidade não foi informada. Marília também pode receber alguns internos a qualquer momento, mas a PM não está participando da operação.
Sobre as transferências, a SAP divulou um comunicado:
"Informamos também que está previsto a remoção de presos para outras unidades de regime semiaberto, mediante a necessidade de adequação da população, visto que diante dos atos de subversão à ordem e segurança ocorridos no dia de hoje, parte dos alojamentos deverão ser desativados. O restante da população será abrigada nos alojamentos que não sofreram avarias ou que foram pouco danificados. Todos os presos envolvidos no episódio e os apreendidos regredirão ao regime fechado".
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