Após uma reunião que terminou há pouco, na Secretaria Municipal de Planejamento Econômico, a Prefeitura de Marília prometeu pagar a empresa responsável pelas merendas nas escolas estaduais até a próxima terça-feira (25) e, com isso, as funcionárias retornarão ao trabalho amanhã (21). Nesta manhã elas entraram em greve e fizeram um protesto em frente a Prefeitura, com apoio da Força Sindical. 

Merendeiras concentradas em frente a Prefeitura.

Ontem, as merendeiras anunciaram que iriam cruzar os braços sob a justificativa de que estavam sem receber salários. Assim que colocaram cartazes em frente às escolas, houve uma revolva e preocupação dos pais, já que hoje os alunos ficariam sem merenda. Pelo convênio, a Prefeitura fez contrato com uma empresa terceirizada para prestar os serviços que, por sua vez, contratou as merendeiras.

De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Refeições Coletivas, Francisco José Barbosa Viana, há cinco meses que a Prefeitura não faz os repasses previstos no contrato à empresa terceirizada. A situação ficou insustentável e, agora em outubro (sem perspectiva de receber novamente) a empresa anunciou que não teria mais condições de fazer o pagamento dos funcionários. "A assembleia foi realizada no dia 17 e a greve foi aprovada e protocolada no Ministério do Trabalho. Esperamos as 72 horas previstas em lei e hoje o pessoal parou", explicou o sindicalista.

PROTESTOS - Por volta das 8h dezenas de merendeiras se concentraram em frente a Prefeitura protestando contra o atraso no pagamento. "Uma comissão dos manifestantes foi recebida pelo Secretário de Planejamento Econômico, Rodrigo Zotti, e ficou definido que o pagamento será feito até no máximo dia 25", segundo nota divulgada pela Prefeitura.

Diante dessa promessa, o dono da empresa se comprometeu a fazer o pagamento dos salários das merendeiras ainda hoje e, dessa forma, retornarão ao trabalho nesta sexta.

A Prefeitura informou ainda que a verba não é repassada pelo Governo Estadual e que "Secretaria Municipal da Educação também  desconhece qualquer problema com o fornecimento dos alimentos as Escolas".