População idosa cresce quase 60% em 12 anos e desafia redes municipais de saúde

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De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2022, o número de pessoas com 65 anos ou mais cresceu 57,4% em 12 anos no Brasil. Esse cenário, aliado à prevalência crescente de doenças crônicas, exige adaptações significativas na organização e no financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente na esfera municipal.

O alerta é do
COSEMS/SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo). O número de idosos (60 anos ou mais) mais do que dobrou em duas décadas.

O envelhecimento da população trouxe desafios para a saúde pela necessidade de adaptar serviços e políticas para atender às demandas específicas dessa população, segundo o COSEMS. No caso dos municípios, o desafio é operacionalizar as políticas relacionadas com esses temas.

Atualmente, os municípios aplicam, em média, 26% de sua receita própria em saúde, bem acima dos 15% previstos legalmente. Essa realidade reforça a necessidade de discutir o financiamento tripartite como forma de garantir o monitoramento e o cuidado adequados aos portadores de doenças crônicas.

O Conselho afirma que é essencial fortalecer ações de promoção e prevenção em saúde, e integrar a atenção primária com a atenção especializada na jornada do paciente. A Atenção Básica (AB), porta de entrada principal do SUS, é fundamental, considerando que 78,9 % dos municípios paulistas têm menos de 50 mil habitantes.

Hoje a cobertura da AB no estado é 68,7% e a cobertura da Estratégia Saúde da Família é de 55,2%. Além disso, um Programa Contínuo de Educação Permanente é fundamental, voltado às equipes multiprofissionais do SUS, com protocolos específicos para a saúde do idoso e o manejo das doenças crônicas.

A assessoria técnica do Conselho afirma que a ampliação das políticas de saúde digital é vista com otimismo, permitindo maior acesso à informação, telesserviços, apoio à decisão baseada em dados e monitoramento clínico integrado. Esses recursos favorecem a gestão de indicadores e possibilitam intervenções mais oportunas.

 

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