Em Júlio Mesquita (a 35 km de Marília) a Polícia Militar flagrou hoje (11) trabalhadores rurais em condições quase de escravidão. Eles estariam sendo obrigados a permanecer na propriedade rural em condições desumanas, sem equipamentos de proteção e vivendo em alojamento sem condições de moradia. O caso foi relatado ao Ministério
do Trabalho em Marília que agora vai apurar as denúncias.
Os policiciais militares foram procurados por um dos trabalhadores, que abandonou a lavoura, e fez a denúncia. Imediatamente os PMs foram até a propriedade rural que fica bem próximo da cidade (apenas um quilômetro de distância), onde encontraram oito trabalhadores nessas mesmas condições, todos eles que vieram de Campos Novos Paulista, que fica a mais de 100 km de Júlio Mesquita).
Trabalhadores sem registro e em condições desumanas
No local (uma fazenda que produz mandioca destinada à indústria de farinha), os policiais encontraram os trabalhadores sem equipamentos de proteção (EPI), salários atrasados, sem nenhuma refeição até aquele momento (12 horas), sem registro em carteira ou qualquer tipo de direito trabalhista garantido por lei. Todos foram encaminhados à secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Júlio Mesquita para receber atendimento. O proprietário e o arrendatário da fazenda também não foram encontrados.
Os policiais constataram que os lavradores eram agenciados por uma pessoa terceirizada ("gato") e que mora em Álvaro de Carvalho. Com apoio de policiais daquela cidade, encontraram o responsável que não apresentou nenhum documento e ainda teve o carro apreendido por documento vencido. Um trabalhadores que era encarregado de fazer a alimentação e o irmão dele (estaria doente) não foram localizados.
FUGIR DA FISCALIZAÇÃO - Ministério do Trabalho informou que não teria condições técnicas de deslocar até o local. Dessa forma, foi elaborada ocorrência de averiguação de trabalho análogo ao trabalho escravo.
O Ministério informou que realizou várias operações em Campos Novos Paulista e que, dessa forma, os trabalhadores estariam sendo migrados pra outros municípios, visando fugir da fiscalização comum naquela região.
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