Polícia apura linchamento . Homem morre no hospital

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Vítima foi espancada violentamente e não resistiu aos ferimentos

 

O autônomo Abelino Vieira da Silva, de 31 anos, violentamente espancado na manhã da última quinta-feira (17), não resistiu aos graves ferimentos e morreu nesta tarde no Hospital das Clínicas (HC) de Marília.

 

Ele havia sido agredido por vários moradores da favela localizada no Jardim Santa Clara, zona Sul da cidade. Um desacerto comercial na hora de pagar por um programa sexual teria sido a razão do crime.



Segundo informações passadas pelos policiais militares que atenderam o caso, em contato com um taxista, souberam que na noite anterior ele havia feito uma corrida para o autônomo, levando a vendedora A.M.K.V.O., 20, para sua residência localizada na Rua Maria Mazini Eugênio, no Parque Novo Mundo. Ele foi novamente acionado na manhã do dia seguinte, para buscar a vendedora e levá-la embora.



No entanto, quando chegou para pegar a mulher, por volta das 10h, encontrou o autônomo sendo atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), com presença de viaturas da Polícia Militar (PM).

 

SEXO E CONFUSÃO - Os policiais entraram em contato com vizinhos e souberam que a vítima havia contratado a vendedora para um programa sexual, havendo desacerto no momento do pagamento. Como a jovem disse que havia sido mantida trancada na casa por toda noite e agredida por Silva, uma pessoa desconhecida teria saído em sua defesa, batendo no autônomo.



A vendedora contou uma história surpreendente aos policiais, relatando que foi até a casa do autônomo para consertar um aparelho celular, sendo que por motivos desconhecidos, ele a teria trancado em um dos cômodos do imóvel, pegando R$ 500 em dinheiro que havia recebido de seu trabalho em uma loja de departamentos no Centro de Marília. Ela disse que gritou por socorro durante a noite, mas ninguém veio ajudá-la.



O autônomo teria retornado apenas pela manhã, aparentemente sob efeito de entorpecentes, colocando um pano molhado com alguma substância na boca da vendedora, que começou a sentir uma moleza nas pernas. Ele então teria desferido alguns golpes de faca de cozinha, que não causaram ferimentos, além de um soco na boca que quebrou um dente da frente.



No momento em que conseguiu fugir, o autônomo teria sido cercado por mais de dez moradores das imediações, que começaram a agredi-lo violentamente com socos e chutes na cabeça. O Samu levou a vítima até o HC, sendo que seu estado de saúde era considerado gravíssimo, sendo imediatamente internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).


Nenhum envolvido nas agressões foi identificado. Um boletim de ocorrência de lesão corporal de natureza grave foi registrado no Plantão Policial, com as informações passadas para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que prossegue na apuração do assassinato. Após cinco dias, internado no HC, Abelino Vieira da Silva não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele havia sofrido afundamento de crânio e outros ferimentos, que causaram sua morte.

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