A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as responsabilidades na invasão da fazenda Esmeralda, em Duartina por integrantes do Movimento Sem-Terra. O grupo invadiu a área na segunda-feira (9) e saíram na manhã de domingo (15), antes do cumprimento do mandado de reintegração de posse concedido pela Justiça.
Segundo informações da assessoria de imprensa do grupo, a fazenda é ligada ao presidente em exercício Michel Temer (PMDB). Michel Temer não tem propriedades rurais e não é dono da fazenda em Duartina.
Segundo o capitão da Polícia Militar, Juliano Xavier, os integrantes do MST saíram da fazenda de forma pacífica. O pedido de reintegração seria executado na segunda-feira (16). A assessoria de imprensa do MST informou que as mil famílias que ocupavam a fazenda retornaram para suas regiões de origem depois de um acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Eles também disseram que não foram notificados da reintegração de posse.
Assim que o grupo deixou a propriedade, os funcionários da Fazenda começaram a levantar os prejuízos. Pichações foram encontradas dentro e fora da casa sede. Alguns veículos foram danificados, como um trator e um caminhão em que os invasores tentaram fazer uma ligação direta. Câmeras de segurança de um barracão foram arrancadas.
As pichações estão espalhadas pela fazenda. As portas do escritório foram danificadas ao serem arrombadas. Segundo um funcionário da fazenda, que preferiu não se identificar, um quadro que estava repleto de ferramentas ficou praticamente vazio. “A gente achou falta de duas motosserras, ferramentas de uso, creio que vai faltar muita coisa que a gente não sabe ainda, que a hora que a gente for procurar não vai achar.”
Segundo a polícia, cabeças de gado foram mortas e furtadas. O MST informou por nota que não houve nenhum tipo de depredação ou dano cometido na área.
A Polícia aguarda um levantamento sobre os prejuízos no local para responsabilizar os culpados. “Vamos ouvir as pessoas que permaneceram lá dentro, que observaram o comportamento dos ocupados e apurar exatamente o que aconteceu e os responsáveis”, explica o delegado Luís Carlos Amado.
G1
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