A presidente Dilma Rousseff decidiu apostar nos cargos de primeiro e segundo escalões como oferta para atrair o apoio das alas partidárias que ainda resistem em aderir ao desembarque. Na quinta-feira (24), ela intensificou o contato com os parlamentares e os líderes partidários e intensificou as negociações com aliados para ouvir suas demandas.
O principal foco das investidas palacianas é o PMDB, que detém a maior bancada nas duas Casas e tem ensaiado o desembarque do governo. O afastamento por parte dos peemedebistas é considerado como "tiro de misericórdia" no governo, uma vez que também deverá servir de fio condutor para outros partidos da base aliada tomarem o mesmo rumo.
A estratégia é atrair os ministros da legenda para próximo do governo com o objetivo de demonstrar que uma possível decisão pela debandada do PMDB até pode ser aprovada, mas não será unânime e também poderá vir a não ser cumprida pelos correligionários.
Os ministros do PMDB Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) também engrossaram o coro contra um possível desembarque, previsto para ser discutido na próxima terça-feira, em reunião do Diretório Nacional do PMDB.
"Eu pergunto: e os mais de 1.000 cargos que o PMDB exerce no governo hoje? Como é que farão? Irão esvaziar também? Irão levar o debate político ao extremo de paralisar o País ou vamos agir com responsabilidade diante de um momento tão duro que o País passa?", questionou Pansera. Fonte: Estadão.
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