Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) começaram este mês a preparar e estudar o fóssil de um dinossauro que viveu há cerca de 70 milhões de anos no Brasil. Os ossos de um titanossauro foram encontrados em 2009, em Marília, próximo a uma rodovia. As rochas com pedaços do animal foram engessadas, de modo a garantir que não fossem danificas. Elas foram trazidas este ano para a universidade.
Coordenador da pesquisa, o professor e paleontólogo Rodrigo Santucci estima que os trabalhos levarão dez anos para conclusão. Isso porque os ossos, que devem ser limpos com cuidado, estão sob rochas que pesam toneladas. “Quando achamos, o fóssil estava no nível do chão. Cavamos com britadeira e marretas, até poder andar em volta e deixar a estrutura como de um cálice. Depois da estrutura, engessamos e soltamos o bloco”, explicou o professor.
O fóssil foi descoberto durante trabalhos de exploração de rotina do pesquisador William Nava. Após conseguir o financiamento necessário, a escavação ocorreu entre 2011 e 2012. Engessados, os dez blocos de rocha com os ossos animal pesam até 10 toneladas. Como Marília não tem estrutura e equipe suficientes para analisar os ossos, foi preciso trazê-los para Brasília.
A operação para trazer o material para a UnB, que envolveu caminhões e guindastes, foi um sucesso. Em fevereiro, o fóssil chegou ao Distrito Federal, sem qualquer avaria. Segundo o professor, mais da metade do esqueleto do dinossauro estava preservada. Foram encontradas partes do crânio, de vértebras do pescoço, tronco e cauda, ossos das costelas, fêmur e bacia, além das patas do animal.
Da Agência Brasil
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