Um caminhoneiro de 33 anos, morador em Contenda/PR, há dois anos mantinha uma rotina que só foi descoberta nesta noite em Marília: para cumprir os horários dos fretes, usava "rebite" e porções de cocaína. É o drama de quem precisa ficar mais tempo em estado de alerta na boleia.
O caminhoneiro dirigia um caminhão "verdureiro" (estava vazio) que seguia de Uberlândia (MG) para Condórdia, no Paraná. Ao ser fiscalizado em frente a base da Polícia Rodoviária Federal, na BR-153, os patrulheiros notaram que ele apresentava certo nervosimo e após busca pelo interior do veículo foi localizado recipiente de plástico com 17 comprimidos , que segundo o motorista é “Rebite”, e um envólucro com uma pequena porção de um pó branco que o mesmo informou ser cocaína.
O caminhoneiro foi levado ao plantão policial, onde foi elaborada ocorrência e posteriormente liberado para responder ao Termo Circunstanciado de Ocorrência (crimes de menor relevância, que tenham a pena máxima cominada em até dois anos de cerceamento de liberdade ou multa), já que não estava sob efeito das substâncias apreendidas.
Em conversa com os patrulheiros, ele confessou que é viciado há cerca de dois anos e precisa das drogas para cumprir os horários. Ele foi multado por outras ifrações de trânsito e seguiu viagem para o Paraná.
PERIGO DA COCAÍNA - Seduzidos pelas promessas do efeito poderoso contra o sono, ilusão de melhor desempenho na estrada e facilidade de aquisição, caminhoneiros têm trocado o ‘rebite’ pela cocaína.
A droga, dizem eles, é comprada de traficantes que ficam à espreita nos postos de combustíveis ao longo das rodovias do País. Mas a associação do volante com a cocaína pode ser fatal: ao contrário da anfetamina, o entorpecente provoca alucinações e perda da noção do perigo na estrada.
Uma pesquisa da USP em estradas de São Paulo e Rio de Janeiro, mostra que de 308 motoristas, 3,5% haviam usado cocaína no mês em que o estudo foi feito, contra 0,3% da população em geral.
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