Paralisação de caminhoneiros prejudica abastecimento no país

Nas próximas semanas, aves e suínos poderão ter o abastecimento afetado no varejo.
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Além de afetar a produção de aves e suínos, a paralisação dos caminhoneiros provoca falta de produtos nos supermercados do norte e do noroeste do Paraná e oeste de Santa Catarina, as regiões mais prejudicadas pelo bloqueio das estradas.

Também reduziu a oferta de frutas no maior entreposto de alimentos in natura do país, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp), na capital paulista.

Pães industrializados, verduras, tomate e leite de saquinho (in natura) foram os primeiros itens que desapareceram das prateleiras de supermercados do norte do Paraná.

Pelo fato de esses itens serem perecíveis e de giro rápido, as lojas não têm grandes estoques, sendo os os primeiros produtos a serem afetados.

Em São Paulo, os produtos in natura que sofrem com o bloqueio das estradas, por enquanto, são as frutas produzidas em outros Estados.

Um levantamento da Ceagesp mostra uma queda de 10% na entrada de frutas produzidas no Sul do país, como melancia, maçã, pera e ameixa. Parte da carga dessas frutas, produzidas nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, não conseguiu vencer o bloqueio das rodovias e chegar à Ceagesp.

Carnes

Nas próximas semanas, aves e suínos poderão ter o abastecimento afetado no varejo. Na terça-feira, 24, por exemplo, o JBS, um dos gigantes da produção de frangos e suínos, paralisou a produção de oito fábricas no país: quatro em Santa Catarina, duas no Paraná, uma no Rio Grande do Sul e uma em Mato Grosso do Sul. A empresa informa que as outras 32 unidades trabalham com 40% de ociosidade, também prejudicadas pelo bloqueio nas rodovias.

A decisão da JBS de suspender as atividades dos frigoríficos de frangos e suínos ocorreu um dia depois de outra gigante, a BRF, ter paralisado a produção de dois frigoríficos de aves e suínos no Paraná por falta de matéria-prima.
 

“A situação é gravíssima”, diz Ricardo Gouvêa, diretor do Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados de Santa Catarina e da Associação Catarinense de Avicultura. Ele explica que a decisão dos frigoríficos de suspender os abates ocorreu porque essas empresas não conseguem vencer o bloqueio e entregar aos produtores integrados a ração para alimentar os animais.
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