Pandemia atrasou desenvolvimento infantil e ameaça uma geração, diz Unicef

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Escolas fechadas, pobreza crescente, casamentos forçados e depressão: após um ano de pandemia, todos os indicadores que medem o desenvolvimento infantil e adolescente recuaram, um revés que anuncia um estigma duradouro para toda uma geração, alertou a Unicef nesta quinta-feira (11). 

 

"Aumentou o número de crianças com fome, isoladas, abusadas, ansiosas, que vivem na pobreza e são forçadas a se casar", disse Henrietta Fore, diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Diante de tais efeitos "devastadores", o conselho do Unicef instou a colocar as crianças "no centro dos esforços de recuperação", em particular "priorizando escolas nos planos de reabertura".

Embora a pandemia tenha atingido principalmente adultos mais velhos, crianças e adolescentes com menos de 20 anos respondem por 13% dos 71 milhões de casos de coronavírus relatados em 107 países.

Para 168 milhões de alunos no mundo, as escolas estão fechadas há quase um ano. Um terço deles não tem acesso a educação online.

Como resultado do fechamento de escolas e da piora da situação econômica, a pandemia pode levar ao casamento de 10 milhões de crianças até 2030, somando-se às 100 milhões de meninas já consideradas em risco de casamento até então.

Além disso, pelo menos uma em cada sete crianças ou adolescentes passou a maior parte do último ano sob ordens de confinamento, aumentando a ansiedade, a depressão e o isolamento.

O coronavírus também tem causado a suspensão das campanhas de vacinação contra outras doenças, como o sarampo, em 26 países, aumentando as ameaças à saúde dos não imunizados.

 

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