O padre José Gilmar Moreira, que passou três dias desaparecido e alegou ter sido vítima de sequestro, em João Pessoa (PB), admitiu em depoimento à Polícia Civil que mentiu sobre o que realmente aconteceu. O padre disse que estava sofrendo extorsão; por isso, inventou toda a história apresentada até então.
A polícia encerrou o inquérito sobre o sequestro e agora investiga a suposta tentativa de extorsão. Pela falsa comunicação de crime, o religioso será indiciado.
O padre José Gilmar estava morando em Marília até decidir mudar-se para Paraíba em janeiro deste ano, onde era responsável pela paróquia de Santa Teresinha, no Alto Róger, em João Pessoa (PB). Ele tem 46 anos e é padre há cerca de 20 anos.
Segundo o relato do padre à polícia, ele estava sendo extorquido por pessoas desconhecidas e teria que pagar R$ 50 mil para que fatos da vida dele não fossem revelados. O superintendente informou que a polícia tem conhecimento sobre que fatos seriam esses, mas não vai revelar para que as investigações não sejam comprometidas.
O padre disse em depoimento que os autores da extorsão deram um prazo para que o pagamento fosse feito. Sem saber o que fazer, ele decidiu forjar a história. Foi quando inventou que foi chamado para encomendar um corpo, mandou a mensagem para outro religioso pedindo ajuda e ficou por três dias no litoral sul. "O padre disse que, quando chegou à praia, tentou tirar a vida se jogando no mar, mas as ondas o jogaram de volta para a areia por várias vezes. Em determinado momento, ele foi atirado sobre pedras. Como não conseguiu o que queria, entendeu aquilo como uma mensagem, uma ajuda de Deus, e voltou para o carro, onde ficou orando por dois dias. Depois decidiu caminhar e acabou sendo encontrado".
O religioso admitiu que inventou a história após ser confrontado pelos policiais que viram fragilidade na primeira versão apresentada por ele. Segundo o superintendente, 16 policiais civis foram mobilizados na tentativa de localizar o padre considerando a primeira versão apresentada.
Logo que o padre sumiu, uma forte campanha foi iniciada nas redes sociais e na imprensa local para que ele fosse localizado.
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