O Tribunal de Justiça condenou em primeira instância dez pessoas, entre elas médicos, empresários e representantes de laboratórios de Marília e Bauru, por estelionato e formação de quadrilha no caso que ficou conhecido em 2008 como Operação Garra Rufa. A decisão da Justiça ainda cabe recurso.
Durante a ação da Polícia Civil em conjunto com a Secretaria da Saúde, os policiais descobriram um esquema de fraude em que médicos da Associação dos Portadores de Vitiligo e Psoríase do Estado de São Paulo emitiam laudos, dizendo que pacientes necessitavam de medicamento de alto custo para o tratamento de psoríase, para receberem vantagens financeiras. Os remédios receitados eram fabricados por três laboratórios que não estavam no programa do SUS.
A entidade, então, entrava com ação judicial e conseguia o direito das pessoas receberem o tratamento custeado pela Secretaria Estadual da Saúde. Pela fraude, os médicos e uma ONG de Marília recebiam dos laboratórios vantagens financeiras e até viagens ao exterior como prêmio.
A operação prendeu pessoas em Marília, Bauru e Ribeirão Preto. O grupo ficou detido, mas depois foi liberado. Desde então, o Ministério Público investiga o caso para apontar a fraude cometida pela quadrilha e, em 2014, ele denunciou o golpe que gerou um prejuízo de R$ 63 milhões para o governo do Estado de São Paulo.
Golpe - De acordo com o Ministério Público, o golpe rendeu mais de R$ 400 mil aos laboratórios. Pelo menos 23 ações foram ajuizadas dentro do esquema e muitos pacientes nem sabiam que o nome deles fazia parte de uma ação na Justiça. Cinco pacientes nem sequer tinham a doença.
Na época, a Secretaria do Estado de Saúde estimou que, das 3,8 mil pessoas que recebiam medicamentos de psoríase por meio de ordem judicial, 2,5 mil estariam envolvidas em algum tipo de fraude. Fonte: G-1.
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