Operação da Polícia Civil desarticula esquema milionário de lavagem de dinheiro envolvendo chineses

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A Polícia Civil desmantelou nesta quarta-feira (27), uma organização criminosa, formada por chineses, especializada em lavagem de dinheiro. Os criminosos são acusados de movimentar quase meio bilhão de reais (R$ 480 milhões) e fazer vítimas na região. 

Foram cerca de três anos de investigações que descobriram, por exemplo, que o núcleo do grupo criava e movimentava empresas destinadas, exclusivamente, ao branqueamento de grandes valores ilegais. O esquema foi descoberto após os criminosos aplicarem golpe contra um morador de Rosana, na região de Presidente Prudente.
Os criminosos aplicavam golpes em milhares de vítimas em todo o país por meio de um site, hospedado em Istambul, na Turquia, onde eram simulados aportes de valores para falsos impulsionamentos de investimentos.

Após a captação ilícita, eram utilizados correntistas "laranjas" para abertura de contas em bancos digitais, possibilitando o recebimento dos valores oriundos dos golpes.

Uma vez abertas as contas, os chineses investigados assumiam o controle desses aplicativos e procediam ao repasse dos recursos para empresas criadas exclusivamente para a dissimulação, além de fintechs e gateways de pagamento, promovendo o retorno dos valores já lavados para os membros da organização criminosa.
 
Operação no Estado
 


Segundo a apuração, trata-se de um complexo mecanismo de lavagem de dinheiro, estruturado em diferentes fases para dificultar a rastreabilidade pelas autoridades financeiras e policiais. Além disso, o grupo de chineses fez uso de inúmeros artifícios visando a não identificação dos operadores daquelas empresas e de todo o esquema criminoso, atuando sempre em clandestino anonimato.

Diante da constatação desse alto valor movimentado, a Polícia Civil e o Ministério Público realizaram hoje a Operação Cineris, desmantelando todo o grupo criminoso, mobiliando mais de 120 policiais. Foram cumpridos sete mandados de mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão domiciliar nas cidades de São Paulo, São José dos Campos e Ibiúna. Os passaportes dos envolvidos foram apreendidos. 

Os trabalhos investigativos, que duraram por três anos, apontam indícios de que o grupo também escoava dinheiro para fora do país, tendo sido constatado, em curto período de tempo, diversas viagens dos alvos da investigação para o continente asiático.
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